“No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele
nada do que foi feito se fez... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e
vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade.” (Jo 1:1-3, 14)
INTRODUÇÃO
Todo ser humano começa a existir no momento da concepção. A origem da
vida inicia-se pela união de um óvulo da mãe a um espermatozóide do pai, como
sabemos. Jesus Cristo, entretanto (por ser Deus), já existia ANTES do momento
de Sua concepção (como lemos nos versículos acima), pelo Espírito Santo, no
ventre de Maria. [1]
Na passagem bíblica onde é relatada a criação do homem, lemos: “E disse
Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança...” (Gn 1:26). [grifo meu]. O verbo “façamos” (na 3ª pessoa
do plural) refere-se ao Deus Triúno: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Logicamente, Jesus Cristo também estava presente no momento da criação.
Em Miquéias 5:2, lemos uma das profecias sobre o nascimento de Jesus Cristo,
mostrando Sua eternidade: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre
os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas
saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” (Mq
5:2) [grifos meus].
A Bíblia nos diz que todas as coisas vieram a existir através de Jesus Cristo,
(inclusive os seres humanos e, aqui, Maria, a mãe de Jesus Cristo, está
incluída): “Porque nele foram criadas todas as coisas
que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por
ele e para ele.” (Cl 1:16).“Todas as coisas foram feitas por
ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” (Jo 1:3). “Estava
no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu.” (Jo
1:10). [grifos meus].
O profeta Isaías, ao
narrar sobre a vinda do Messias, descreveu algumas de Suas características
divinas e, portanto, eternas: “Porque um menino nos nasceu, um filho se
nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe
da Paz.” (Is 9:6) [grifos meus]
Interessante notarmos que as Escrituras, ao se referirem a Melquisedeque, Rei
de Salém, mostram-nos que ele foi um tipo, um símbolo do Messias que viria (o
Senhor Jesus Cristo), por apresentar as mesmas características (humanamente
falando) que o Filho de Deus possui: “Sem pai, sem mãe, sem genealogia,
não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao
Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.” (Hb 7:3).
O Pastor Ron Crisp nos ensina que: “Hebreus 7:3 e 15 deixam claro que
Melquisedeque foi um tipo de Jesus Cristo. Assim como Adão, Moisés, Arão ou
Davi, ele foi um homem mortal, cuja pessoa e vida, de várias maneiras foram um
símbolo de Jesus Cristo.” [2]
Gleason Archer, por sua vez, referindo-se a Hb 7:3, diz-nos que: “O
contexto esclarece que Melquisedeque entrou em cena como um tipo do Messias, o
Senhor Jesus. A fim de salientar essa característica típica desse sumo
sacerdote, o registro bíblico de propósito omite a menção de seu nascimento,
filiação, parentesco e linha genealógica. Isso não quer dizer que ele não teve
pai (pois até o antítipo, Jesus de Nazaré, teve o Espírito Santo como seu Pai –
e é certo que sua mãe, Maria, é mencionada nos evangelhos), nem que ele jamais
nascera (pois até Cristo, em sua forma humana, teve seu natal). É que o
aparecimento dramático e repentino de Melquisedeque ficou mais saliente quando
ele foi apresentado como porta-voz do Senhor a Abraão, servindo como arquétipo
do futuro Cristo, que derramaria bênçãos sobre o povo de Deus”. [3]
Jesus Cristo não teve princípio, nem fim, pois Ele é Deus. Sendo Deus, Ele é
Eterno. Em Ap 1:8, vemos o próprio Jesus Cristo falando sobre Sua Eternidade e
Onipotência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o
Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” Ele,
também, disse: “... Em verdade, em verdade vos digo que antes
que Abraão existisse, eu sou.” (Jo 8:58). [grifos meus].
Entretanto, em dado momento da história, Jesus Cristo também Se tornou 100%
Homem, pois Ele Se fez carne, ao Se encarnar neste mundo com um corpo físico
(que Ele possui até hoje e que se tornou corpo glorificado, em virtude de Sua
Ressurreição), com o objetivo de morrer em nosso lugar (morte vicária), tendo
nascido e vivido sem pecado algum (Mt 27:24; Lc 23:4, 14, 47; Hb 4:15, 7:26,
9:14; 1 Pe 1:19). No evangelho segundo João, lemos: “E o Verbo
se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1:14). [grifos
meus].
Diante disto, vemos que Jesus Cristo é 100% Deus (Mt 14:33,
27:54; Mc 1:1; Lc 4:41; Jo 1:49, 3:18, 8:23, 58, 10:30, 11:4, 27, 20:31; 2 Co
1:19; Hb 4:14; 1 Jo 5:10; 2 Pe 1:1; Ap 2:18; etc.), a Segunda Pessoa da
Tri-Unidade Divina, e 100% Homem (Mt 8:20, 9:6, 12:8, 16:28,
25:31; Lc 24:7; Jo 3:13, 6:62; At 7:56; Ap 1:13, 14:14; etc.), concomitantemente,
o que, para nós, é um mistério que devemos aceitar pela fé. As Escrituras nos
revelam que: “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da
piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito,
visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na
glória.” (1 Tm 3:16) [grifos meus]. [4]
Antes de passarmos adiante, cabe aqui uma observação: algumas “versões”
bíblicas deturpadas trazem o pronome “Aquele”, na 1 Tm 3:16, em vez de “Deus” e
trazem a palavra “origens”, em vez de “saídas”, em Mq 5:2; o que diminui,
gravemente, a exatidão do texto bíblico. Portanto, o verdadeiro crente deve
evitar tais versões e traduções bíblicas, adotando apenas a Almeida Corrigida
Fiel, da SBTB.
OS
HERÉTICOS DOGMAS CATÓLICOS
Mesmo
Jesus Cristo sendo Eterno (pois Ele é DEUS), a ICAR - igreja católica
apostólica romana (esta falsa religião que se autodenomina “Cristianismo”, mas
não é) faz verdadeiros malabarismos com as Escrituras, criando dogmas
heréticos, no decorrer de sua história, para forçar seus seguidores a crerem em
tudo o que os “papas” afirmaram (e venham a afirmar), sem o direito de
questionar seus ensinamentos, sob pena de serem amaldiçoados e excomungados.
Para “fundamentar” suas heresias, esta falsa religião inventa um dogma atrás do
outro, tal qual uma tremenda colcha de retalhos, na tentativa (eficaz,
lamentavelmente) de divinizar Maria, tornando-a uma “deusa”. Vejamos alguns
desses dogmas:
a) Dogma
da “Maternidade Divina”
Tal
dogma foi proclamado pelo Concílio de Éfeso, em 431, segundo o qual Maria seria
a "mãe de Deus" (em gregoTheotokos e em latim Mater
Dei). Referido Concílio proclamou que "se alguém não confessa
que o Emanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é Mãe
de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja
anátema".
Vejamos o que nos diz
James R. White, com relação ao termo grego theotokos: “Maria
não é mãe de Deus no sentido de que ela trouxe à luz a existência de Deus. Nós
normalmente usamos a palavra “mãe” para nos referirmos a alguém que nos trouxe
à luz como indivíduos, e de quem derivamos nossa natureza humana.
Todavia, a Pessoa divina que se tornou Jesus, o eterno Filho de
Deus (Colossenses 1:13-17), o Logos (João 1:1-14), já existia desde
toda a eternidade e é o Criador de Maria. Ela foi usada para trazer o
Encarnado ao mundo, mas ela não adicionou algo ou trouxe à luz o Filho Eterno
que veio ao mundo através dela. Seu filho era totalmente divino (por
conseguinte, ela é theotokos) [Nota: Portadora de Deus], mas ela mesma
não produziu a divindade de seu Filho.Por esta razão, não há nada sobre o
termo theotokos que de alguma forma exalte Maria, mas somente Cristo”. [destaques
meus]. [5]
Vejamos esta outra citação, no que se refere ao Concílio de Éfeso: “Hoje,
fala-se muito do concílio de Éfeso como ‘uma questão cristológica’. O
que estava em jogo não era se Maria deveria ser chamada de mãe de Deus ou não,
mas se o Filho nascido dela possuía apenas a natureza humana ou as duas
naturezas: a humana e a divina. O resultado positivo foi o
estabelecimento da natureza hipostática de Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro
homem. Mas a deturpação veio de carona. Todo o ambiente que cercou esse Concílio
foi repleto de intrigas, corrupções, ódios e idolatria, mais especificamente
idolatria mariana. O historiador Edward Gibbon referiu-se ao concílio de Éfeso
como um ‘tumulto episcopal, que na distância de treze séculos assumiu o
venerável aspecto de Terceiro Concílio Ecumênico’.” [destaques
meus]. [6]
Alguns sites católicos, na internet, chegam ao cúmulo de alegar que tal dogma é
uma “lógica irretorquível”; concluindo, desta forma, que “Maria é a mãe de
Deus”, enganando os incautos católicos. E ai de quem ousar questionar tal
ensinamento!
Ora, afirmar que uma mulher, um ser humano (que teve um início de existência),
sendo, portanto, uma criatura, possa ser a “mãe de Deus”, que é ETERNO (sem
princípio nem fim), é absurdo, herético e ilógico!
Eles confundem o fato de Maria ter sido apenas o vaso pelo qual Jesus Cristo Se
encarnou e, diante disto, interpretam que ela se tornou a “mãe de Deus”. Isto é
uma heresia que contradiz as próprias palavras de Maria (Lc 1:46-49; Jo 2:1-5).
A Bíblia nos relata como se deu a concepção do corpo humano de Jesus
Cristo: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria,
sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido
do Espírito Santo. Então José, seu marido, como era justo, e a não queria
infamar, intentou deixá-la secretamente. E, projetando ele isto, eis que em
sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas
receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do
Espírito Santo” (Mt 1:18-20). [grifos meus].
Quanto à Sua humanidade, Jesus nasceu de Maria (enquanto ela ainda era
virgem), sendo um Homem perfeito, por não haver herdado a natureza humana
pecaminosa que todos recebem, visto que não foi concebido por José, pois, não
houve relação sexual; tendo sido por obra exclusiva do Espírito Santo, pela
virtude do Altíssimo (Lc 1:35). Por isto, JESUS CRISTO é o Cordeiro de
Deus “imaculado e incontaminado” (1 Pe 1:19b), por não ter a
mancha do pecado original: “Porque não temos um sumo sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em
tudo foi tentado, mas sem pecado.” (Hb 4:15). [grifos meus].
Quanto à Sua divindade, não foi o filho de José que nasceu, mas o Filho
de Deus que nos foi dado: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.”(Jo 3:16). [grifos meus].
Como se vê, Maria NÃO gerou a divindade de Jesus, mas, apenas Seu corpo
humano! Ele sempre existiu, pois é Infinito, é Deus, é
Eterno!!! Ele foi o Único que nasceu imaculado e nunca pecou (Adão
e Eva foram “criados” sem pecado, depois pecaram). Só Ele é perfeito! Deus,
o Pai, não tem “mãe”, muito menos “pai”.
Uma das passagens nas quais a igreja católica se “apóia” (e distorce), é a que
narra o momento em que Isabel, ao ver Maria, exclamou: “Bendita és tu
entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém isto a
mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?” (Lc
1:41-42). [grifos meus]. Com base neste trecho grifado, esta falsa “religião”
alega que Isabel teria reconhecido Maria como sendo a “mãe de Deus”.
Ora, vê-se claramente que Isabel se referia, nesta passagem, ao Messias (a
Jesus Cristo) que iria nascer e não a Deus Pai. Jesus é o Cristo (Mt 16:16, 20;
Lc 2:11, 26, 4:41; Jo 4:25, 42), o Salvador (Lc 1:47, 2:11; Jo 4:42; At 5:31;
Fp 3:20; 2 Tm 1:10; Tt 1:4; 2 Pe 1:11, 2:20, 3:18; 1 Jo 4:14), o Senhor (Lc
2:11; Fp 3:20; 2 Pe 1:11, 2:20, 3:18), o Ungido (At 4:26-27), pelo qual os
judeus tanto ansiavam. Eles não esperavam por Deus Pai (YHWH), mas pelo
Messias.
Por exemplo, Davi, referindo-se ao Messias (Jesus Cristo), disse: “disse
o Senhor [Deus Pai] ao meu Senhor [Deus Filho – Jesus
Cristo]: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por
escabelo dos teus pés.” (Sl 110:1) [ênfases minhas]. Aqui, vemos que,
tanto Deus Pai, quanto Jesus Cristo, são chamados de ‘Senhor’.
Em Apocalipse, lemos que Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que, segundo a
Onisciência Divina, já estava preparado como sacrifício, desde a “fundação do
mundo”: “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos
nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a
fundação do mundo.” (Ap 13:8). O apóstolo João declarou: “E vimos,
e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.” (1
Jo 4:14)
Conclui-se que Isabel, também, referia-se ao Senhor Jesus Cristo, o Filho de
Deus, de quem Maria era a mãe (humanamente falando).
É importante frisar que Maria não é “mãe de Deus” e, nem tampouco, “mãe da
humanidade”. Equivocadamente, a ICAR (para tentar “justificar” suas pretensões
de que Maria seja a “mãe da humanidade”) “apóia-se” na passagem bíblica onde
Jesus Cristo, na cruz, pede ao apóstolo amado (João) para cuidar de Maria.
Note-se que Ele, inclusive, teve o cuidado de se dirigir a Maria como “mulher”
e não como “mãe”, para separar as coisas: “Ora Jesus, vendo ali sua
mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher,
eis aí o teu filho” (João 19:26-27). [grifo meu]. Entretanto, a ICAR
diz que Maria se tornou, em virtude desta passagem bíblica, a “mãe de todos
nós”.
Ora, no contexto de Jo 7:3-8, compreendemos o porquê de Jesus ter deixado Maria
aos cuidados de João, e não de Seus ‘irmãos carnais’. A razão é: “Porque
nem mesmo seus irmãos criam nele.” (Jo 7:5), ao contrário dos Seus
seguidores, Seus ‘irmãos espirituais’, os discípulos e apóstolos! Isto foi o
cumprimento de uma profecia que dizia: “Tenho-me tornado um estranho
para com meus irmãos, e um desconhecido para com os filhos de minha mãe”. (Sl
69:8)
Pergunta-se: Desde
quando João representou “toda a humanidade” aqui? Por que não há um só relato
neotestamentário de alguém chamando Maria de mãe ou lhe fazendo alguma petição,
solicitando sua “intercessão” ou “mediação”?
Se há uma mulher que poderia receber o título de “mãe da humanidade” esta
mulher é EVA, a primeira mulher criada, da qual todos nós somos descendentes e
da qual todos nós (inclusive Maria) herdamos o pecado: “E chamou Adão o
nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.” (Gn
3:20) [grifos meus]. Nem por isto chamamos Eva de “Santa Eva”, nossa “mãe do
céu” e nem lhe dirigimos petições!
Maria não é nossa “mãe no céu” e nunca foi “rainha”, pois nunca teve um
reinado. Pelo contrário. Ela mesma se identificou como uma humilde serva do
Senhor, como vimos. A única “divindade” que a Bíblia identifica com o título de“Rainha
dos Céus” é um abominável ídolo pagão (um demônio) que provocou a
ira de Deus contra o Seu povo: “Os filhos apanham a lenha, e os pais
acendem o fogo, e as mulheres preparam a massa, para fazerem bolos à
rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me
provocarem à ira”. (Jr 7:18) [grifos meus]. Aliás, este demônio
“Rainha dos Céus“ é quem tem aparecido pelo mundo, nas chamadas "aparições
marianas". (Ver também: Jr 44:17; Sl 21:13; 47:9; 57:5; Fp 2:9-10; Ap
5:12, etc.). [7]
Maria teve várias virtudes (o que é inegável), mas que não fazem dela uma
“rainha” (Jr 7:18; 1 Co 8:5-6; 1 Tm 6:14-15), nem “medianeira” (Jo 14:6; 1 Tm
2:5), nem “advogada” (1 Jo 2:1), muito menos “co-redentora” (Jo 6:37; 1 Tm
2:6), nem outros títulos inventados por Roma (pois, estes atributos são
exclusivos de Jesus Cristo, conforme se vê pelos versículos bíblicos
citados). [8]
Ela foi nossa abençoada irmã em Cristo, tendo sido apenas um vaso (este foi o
seu ministério). Teve apenas seu ventre usado para que Jesus viesse ao mundo
como Homem, para sofrer como Homem, cumprir a lei e pagar o preço pelo pecado.
Tanto é que o Novo Testamento pouco fala sobre ela. Ela não é “nossa mãe”, nem
"mãe da humanidade", quem dirá "mãe de Deus”!!! [9]
b) Dogma
da “Imaculada Conceição”
A
ICAR ensina o absurdo de que Maria foi “concebida sem pecado”, pois, somente
assim, poderia ter gerado Jesus Cristo, sem pecado. Ora, como vimos, a
concepção do corpo humano de Jesus Cristo deu-se por obra EXCLUSIVA do Espírito
Santo (Mt 1:18-20). Maria não gerou a divindade de Jesus, pois Ele é Deus e,
portanto, não tem pecado!
Na bula dogmática Ineffabilis Deus, foi feita a definição
(invenção) oficial do dogma da “Imaculada Conceição de Maria”. Em 8 de dezembro
de 1854, disse Pio IX: “(...) que a doutrina que defende que a
beatíssima Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original
desde o primeiro instante da sua concepção, por singular graça de privilégio de
Deus onipotente e em atenção aos merecimentos de Jesus Cristo salvador do
gênero humano, foi revelada por Deus e que, por isso deve ser admitida com fé
firme e constante por todos os fiéis”.
Ora, seguindo esta “lógica irretorquível”, vejamos esta explicação: “Se
para Jesus ser imaculado fosse necessário que sua mãe também o houvesse sido,
logicamente entende-se que as mesmas razões existem para que tivessem sido
imaculadas a mãe de Maria e sua avó, e assim sucessivamente, até chegar a Eva
[que, por sua vez, não era imaculada]. Esta é uma conseqüência teórica que,
ainda que repugne ao bom sentido, temos que admitir, se aceitamos como válidas
as suposições apologéticas dos concepcionistas marianos”. [10]
Vejamos, também, esta observação do Pr. Airton Evangelista da Costa: “A
única forma de Maria ter sido gerada sem pecado seria mediante a intervenção
direta do Espírito Santo no ventre de sua mãe, tal como aconteceu com Jesus. E
essa exceção teria registro prioritário na Bíblia”. [11]
Maria foi uma humilde serva do Senhor e, ao ser visitada pelo
anjo Gabriel, fez questão de demonstrar isto, dizendo: “... Eis aqui
a serva do Senhor...” (Lc 1:38). Sendo uma pecadora,
como qualquer outro ser humano (Rm 3:23, 5:12), a mesma tem tido seu nome,
ministério e papel bíblico distorcidos pela ICAR. Maria mesma destacou o fato
de, por ser uma pecadora, necessitava do Salvador: “E o meu espírito se
alegra em Deus meu Salvador.” (Lc 1:47). Ela não é Deus
(não é divina), mas, foi uma criatura humana, descendente de Adão e Eva e,
conseqüentemente, pecadora: “Porque todos[inclusive Maria] pecaram
e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm 3:23). “Portanto,
como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também
a morte passou a todos [inclusive Maria] os homens por isso
que todos pecaram.”(Rm 5:12). [ênfases minhas].
Ela também fez questão de demonstrar sua baixeza, como mero ser humano contaminado
pelo pecado, dizendo: “Porque atentou na baixeza de sua serva...” (Lc
1:48). Ela foi agraciada em dar à luz Jesus Cristo (graça =
favor NÃO merecido): “Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas,
porque achaste graça diante de Deus.” (Lc 1:30). [grifos
meus]. Como a própria palavra nos diz, favor imerecido é algo que alguém recebe
sem merecer, sem ter feito nada para que tal ocorresse.
Interessante notarmos que, até hoje, as judias têm a esperança de serem
escolhidas para ser a mãe do “Messias”, tendo em vista que os judeus não
reconheceram o Messias, pois Jesus Cristo “Veio para o que era seu, e
os seus não o receberam.” (Jo 1:11).
É importante frisar que a escolha de Maria para ser a mãe humana de Jesus
Cristo, não foi uma escolha aleatória feita por Deus. Maria não era alguém “sem
pecado” ou superior às outras mulheres. Não foi por qualquer mérito dela, mas,
foi para que se cumprissem as profecias que diziam que Jesus seria descendente
do Rei Davi (2 Sm 7:12-16; 1 Cr 17:11-14; Is 11:1, 10; Mt 1:1, 9:27, 15:22,
21:9; At 13:22-23; Rm 1:3, 15:12; 2 Tm 2:8; Ap 5:5, 22:16). Tanto Maria (Lc
3:23 - o pai de Maria era “Heli”), quanto José (Mt 1:16, 20; Lc 1:27 – o pai de
José era “Jacó”), eram da descendência de Davi. Sendo José o pai adotivo de
Jesus, para o Messias ser da linhagem de Davi, era necessário que também Maria
fosse da linhagem sangüínea de Davi.
Através de Seu pai adotivo, José, descendente de Davi, Jesus tinha o direito
legal ao trono de Davi, e através de Sua mãe, que, também era
descendente de Davi, Ele tinha o direito hereditário natural ao
trono de Davi, Seu pai (Lc 1:32). Vejamos:
No evangelho segundo Mateus, temos a descendência de José: “E
Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o
Cristo”. (Mateus 1:16)
No evangelho segundo Lucas, temos a descendência de Maria: “E o
mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho
de José, e José de Heli”. (Lucas 3:23)
Não há aqui nenhuma contradição nessas duas genealogias. Vimos em Mateus 1:16
que José era filho de Jacó. Então, o mesmo não poderia ser, também, filho de
Heli. No evangelho de Lucas, a linha genealógica mostra a descendência de
Maria, que é filha de Heli e, como a mesma já estava desposada com José (=
casada), este é mencionado na genealogia de Lucas e não ela. Como se percebe, a
Bíblia nos mostra que Maria era filha de Heli e não de Joaquim, conforme consta
na tradição católica.
A explicação é a
seguinte: “É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas,
levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue
do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha
em lugar do filho do avô materno (Números 26:33, Números 27:4-7)".
Possivelmente por este motivo Lucas diz que José era «filho de
Heli» (Lucas 3:23).” [12]
Muitos exaltam o título de “bem-aventurada”. Ora, Maria disse sim que seria
chamada “bem-aventurada” (Lc 1:48); porém, isto significa simplesmente “feliz”.
Até porque, ser “bem-aventurada” não é privilégio de Maria. No V.T., temos um
exemplo de outra mulher “bem-aventurada”. Trata-se de Lia, esposa de
Jacó: “Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão
por bem-aventurada” (Gn 30:13). Maria foi bem-aventurada, assim como são
aqueles mencionados pelo Senhor Jesus Cristo, no Sermão do Monte (Mt 5). Há uma
passagem que mostra uma mulher exaltando Maria, equivocadamente, chamando-a
“bem-aventurada”, ao que Jesus replicou, imediatamente: “... Antes
bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.” (Lc
11:28).
Cabe ressaltar que, quando se cumpriram os dias da purificação dela, segundo a
Lei (Lv 12:2-3; Lc 2:22), Maria e José foram consagrar Jesus Cristo no
templo, como era feito com todo macho “primogênito” dos casais (Lc 2:23) e
Maria foi levar, também, a oferta “pelo pecado”, conforme a Lei (vide Lv
2:6, 8): “E para darem a oferta segundo o disposto na lei do
Senhor: Um par de rolas ou dois pombinhos.” (Lc 2:24), a fim de Maria deixar de
ser considerada imunda, conforme constava na Lei de Moisés.
Vejamos alguns famosos
testemunhos históricos que desmentem este dogma:
• Eusébio de Cesárea
(265-340): "Ninguém está isento da mancha do pecado original,nem
mesmo a mãe do Redentor do mundo. Só Jesus achou-se isento da lei do
pecado, mesmo tendo nascido de uma mulher sujeita ao pecado".
• Ambrósio, Doutor da Igreja e
Bispo de Milão (século IV), comentando Salmos 118:"Jesus foi o
único a quem os laços do pecado não venceram; nenhuma criatura concebida
pelo contato do homem e da mulher foi isenta do pecado original; só foi
isento Aquele que foi concebido sem esse contato e de uma virgem, por obra do
Espírito Santo".
• Agostinho, Doutor da
Igreja (354-430), comentando Salmos 34:3, diz: "Maria, filha
de Adão, morreu por causa do pecado; e a carne do Senhor, nascida de
Maria, morreu para apagar o pecado".
• Anselmo, Doutor da Igreja,
Arcebispo de Canterbury (1033-1109) disse a respeito:"Mesmo sendo
Imaculada a Conceição de Cristo, não obstante a mesma virgem, da qual
ele nasceu, foi concebida na Iniqüidade e nasceu com o pecado original,
porque ela pecou em Adão, assim como por ele todos pecaram".
• Bernardo (1140): "Só
o Senhor Jesus Cristo foi concebido do Espírito Santo, porqueera o único
santo antes da conceição; com sua exceção, aplica-se a todos os nascidos
de Adão o que Alguém confessou humilde e verazmente de si: ‘Eis que eu nasci
em pecado, e em pecado me concebeu minha mãe’."
• Boaventura, apesar de ser o
guia dos teólogos franciscanos, escreveu o testemunho de que "todos
os santos que fizeram menção deste assunto com uma só voz asseveraram
que a bendita virgem foi concebida em pecado original." [13]
|
Apesar de todos estes importantes testemunhos históricos e as explicações
bíblicas acima, os católicos consideram Maria “divina” (especial, digna de
adoração, alguém que não cometeu pecados durante sua vida, etc.), em virtude
dos “ensinos papais”. Isto é uma grande loucura, gerando o grave pecado da idolatria.
A Bíblia nos mostra que nenhum ser humano deverá ser adorado (Atos 10:25-26,
14:14-18). O próprio Jesus Cristo nos exorta: “E Jesus, respondendo,
disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o
Senhor teu Deus, e só a ele servirás”. (Lucas 4:8).
c) Dogma
da “Perpétua Virgindade”
A
ICAR ensina aos seus fiéis que Maria não teve outros filhos, permanecendo
virgem, mesmo depois de Jesus ter nascido (“virgem antes, durante e depois do
parto”), o que contraria várias passagens bíblicas que mostram o contrário.
Para tal afirmação, essa religião se baseia, equivocadamente, na passagem
bíblica que diz: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis
que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel.” (Is
7:14). [grifos meus].
Ora, Jesus foi concebido (como vimos) por obra do Espírito Santo e Maria ERA
sim virgem ATÉ o nascimento dEle. Isto ocorreu para se cumprir a referida
profecia de Isaías. Lemos: “E José, despertando do sono, fez como o
anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher; e não a conheceu
até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” (Mt
1:24-25). [grifos meus]. Esta passagem é cristalina ao mostrar que José não
“conheceu” (não teve relações sexuais com) Maria ATÉ que ela desse à luz seu
filho “primogênito” (primogênito = primeiro filho). Se Jesus não
tivesse sido o primeiro filho de Maria, a palavra deveria ser “único” e não
“primogênito”!
O verbo CONHECER, na Bíblia, quando se refere a um casal, tem a conotação de
“manter relação sexual” e não apenas “saber quem é uma pessoa”.
Maria já conhecia José (no sentido de “saber quem ele era”,
assim como já conhecia outros homens, evidentemente, por “saber quem eles
eram”), pois os mesmos já se encontravam comprometidos, como lemos na passagem
que diz que o anjo Gabriel apareceu: “A uma virgem desposada
com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era
Maria. (Lc 1:27) [grifos meus]. Maria ficou surpresa, pois não havia
tido, até então, nenhuma relação sexual, por ser virgem (e,
portanto, não teria como ter um filho) e perguntou ao anjo: “Como se
fará isto, visto que não conheço homem algum?” (Lc 1:34).
[grifos meus].
Vejamos alguns outros exemplos:
“E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e
deu à luz a Caim, e disse: Alcancei do Senhor um homem”. (Gn 4:1)
“E levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e voltaram, e
chegaram à sua casa, em Ramá, e Elcanaconheceu a Ana sua mulher, e
o Senhor se lembrou dela. E sucedeu que, passado algum tempo, Ana
concebeu, e deu à luz um filho, ao qual chamou Samuel; porque, dizia ela, o
tenho pedido ao Senhor.” (1Sm 1:19-20)
“Sendo, pois, o rei Davi já velho, e entrado em dias, cobriam-no de
roupas, porém não se aquecia... E era a moça sobremaneira formosa; e tinha
cuidado do rei, e o servia; porém o rei não a conheceu.” (1Rs
1:1, 4) [grifos meus]
Como vimos, à exceção da
passagem retro (visto que Davi já era velho e, portanto, não teve relações
sexuais com a moça), nas demais, é claro o significado do verbo conhecer, no
sentido de relação sexual; pois, filhos foram concebidos!
Tendo em vista que Jesus
foi o Filho primogênito de Maria, isto demonstra, claramente, que a mesma teve
outros filhos e, portanto, o falso dogma da “Perpétua Virgindade” cai por
terra.
As Escrituras confirmam este fato, mostrando que Jesus teve quatro irmãos, que
foram filhos naturais/legítimos de José com Maria (Tiago, José, Simão e Judas)
e também algumas irmãs (vide: Mt 12:46-50, 13:55-56; Mc 6:3; Lc 2:7; Jo
2:12, 7:3-10; At 1:14; 1 Co 9:5; Gl 1:19). Porém, a ICAR
inventou que a palavra “irmão” significa “primo”, contrariando todas as
passagens bíblicas retromencionadas.
Observemos que a palavra “irmão” é usada 346 vezes no N.T. e não significa
“primo” em nenhuma delas. Se a palavra “irmão”, na Bíblia,
significasse “primo”, Jesus, em Lucas 8:19-21, estaria dizendo que Sua mãe
e seus “primos” são aqueles que ouvem a Palavra e a cumprem. Isto não faz sentido,
pois Ele quis dizer “irmãos”, porque, neste contexto, esta palavra
foi usada para se referir à ‘irmandade espiritual’ e não à consangüínea!
Entretanto, todas as vezes que a palavra “irmão” foi usada no N.T. para
designar uma relação de família, com laços de parentesco consangüíneo, ela
simplesmente significa “irmão”!
Vale lembrar que Jesus Cristo é o Filho UNIGÊNITO DE DEUS (o Único
Filho que foigerado por Deus – Jo 3:16), mas é O
PRIMOGÊNITO de Maria (o primeiro filho gerado por ela – Mt
1:25). Maria não é “mãe de Deus”, mas, “filha de Deus”! Ela não é “nossa mãe”,
mas, é “irmã” daqueles que crêem em Jesus Cristo e também são, em virtude
disto, Filhos de Deus!!!
d) DOGMA
DA “ASSUNÇÃO DE MARIA”
Mais um dogma criado com o intuito de divinizar a humilde
serva do Senhor, levando o incauto povo católico a cometer o abominável pecado
da idolatria. Até porque, eles precisam “justificar” a adoração e as orações
que são atribuídas a Maria, como se a mesma fosse “medianeira”; o que, também,
é uma blasfêmia, pois a Bíblia nos ensina que: “... há um só Deus, e um
só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” (1 Tm 2:5).
Sobre a origem deste dogma, o Pb. Paulo Cristiano, do CACP - Centro Apologético
Cristão de Pesquisas, esclarece-nos que: “Esta crença é uma derivação
do dogma da perpétua virgindade e da imaculada conceição de Maria, e marca um
passo mais na tendência romanista à exaltação de Maria como objeto de culto
religioso. Antes de sua definição oficial, o Papa Pio XII havia consultado
todos os bispos católicos do mundo, na Carta Apostólica ‘Deiparae Virginis’, em
1 de maio de 1946, sobre a conveniência e possibilidade de declarar como dogma
a crença na Assunção de Maria. A resposta do episcopado foi favorável à idéia
da proclamação. E, com efeito, a 1 de novembro de 1950, o Papa Pio XII, na
Constituição Apostólica ‘Munificentissimus Deus’, fez o seguinte
pronunciamento: ‘Nós pronunciamos, declaramos e definimos que é um dogma
revelado por Deus, no qual a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, foi
levada aos céus em corpo e alma quando terminou o curso de sua vida na
terra’." [14]
Interessante notarmos que, apesar de muitos católicos pensarem que Maria foi
trasladada aos céus, sem ter morrido, o dogma da “Assunção de Maria” diz que
ela MORREU. Ora, se Maria foi “concebida sem pecado” (dogma da “Imaculada
Conceição”), como alega a ICAR, mas foi “assunta aos céus” (dogma da
“Assunção”), tendo morrido, como ocorre com qualquer descendente de Adão e Eva
(Rm 3:23), como eles fazem para conciliar estes dois “dogmas” tão opostos,
visto que Rm 5:12 nos ensina que a morte é conseqüência do pecado? [OBS: o
Único que entregou o Seu Espírito antes de morrer, venceu a morte e ressuscitou
foi JESUS CRISTO! A morte não teve poder sobre Ele, pois Ele foi o Único que
nasceu sem o pecado e nunca pecou.].
Vejam como a ICAR tenta “costurar” esta colcha de retalhos, conforme consta
nesta citação, retirada de um site católico:“É verdade que na Revelação a
morte se apresenta como castigo do pecado. Todavia, o fato de a Igreja
proclamar Maria liberta do pecado original por singular privilégio divino não
induz a concluir que Ela recebeu também a imortalidade corporal. A Mãe não é
superior ao Filho, que assumiu a morte, dando-lhe novo significado e transformando-a
em instrumento de salvação.”
Para “justificar” as contradições de tais dogmas, o falecido “papa” João Paulo
II, em audiência datada de 25/06/97, ensinou sobre o que ele chamou de
“Dormição de Maria” e assim se manifestou: “O Novo Testamento não dá
nenhuma informação sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio
induz supor que se produziu normalmente, sem nenhum fato digno de menção.
Se não tivesse sido assim, como teria podido passar despercebida essa notícia
aos seus contemporâneos, sem que chegasse, de alguma maneira até nós? No
que diz respeito às causas da morte de Maria, não parecem fundadas as opiniões
que querem excluir as causas naturais. (...) Qualquer que
tenha sido o fato orgânico e biológico que, do ponto de vista físico, Lhe
tenha produzido a morte, pode-se dizer que o trânsito desta vida para a
outra foi para Maria um amadurecimento da graça na glória, de modo que nunca
melhor que nesse caso a morte pode conceber-se como uma ’dormição’.” [destaques
meus]. [15]
As heresias católicas são
tantas que eles atribuem a Maria o pronome “Lhe”, em letra maiúscula, como
lemos acima, tornando-a divina, o que é uma blasfêmia, pois esta forma
pronominal deve ser usada apenas quando nos referimos ao Deus Triúno (o Pai, o
Filho e o Espírito Santo).
ESTÃO
CRIANDO O QUINTO DOGMA MARIANO
Por
incrível que pareça, não satisfeita em divinizar Maria e lhe atribuir tantos
títulos e honrarias, a ICAR se prepara para inventar mais um dogma. Este é
ainda mais blasfemo que os anteriores.
Trata-se do dogma da “Co-redenção mariana”, como se Maria também
tivesse sido cooperadora na remissão de nossos pecados. Esta falsa “religião”
ainda alega que Maria é a “Mãe de Todos os povos da Terra” e que este “quinto
dogma” irá fortalecer esta tese. [16]
Em um site católico, lê-se a seguinte citação herética, com relação ao título
de “co-redentora”: “Desde muitos anos tenho a absoluta convicção de
que, sem este último título honorífico, não está perfeito o ‘canal de Graças’,
das graças necessárias para que se complete a nossa redenção.”
Ora, vejam que blasfêmia! Jesus Cristo viveu neste mundo sem pecado algum,
cumpriu a Lei, sujeitou-Se à infame morte na cruz, derramando Seu precioso
sangue para nos redimir e, agora, vêm dizer que somente com a invenção de um
dogma católico é que se completará a nossa redenção??? Misericórdia!!!
A “justificativa” deles para darem tal título a Maria é a seguinte: “Porque,
efetivamente, Maria sofreu toda a Paixão com Jesus. Misteriosamente ela viveu
cada dor em seu coração, com o mesmo efeito terrificante que o Filho a sofreu
no corpo e no espírito. Jamais, em toda a história do homem, em milhares de
crucificações ocorridas, se viu uma Mãe que tivesse a fortaleza interior capaz
de acompanhar seu filho, e de suportar tudo sem um ai, sem um grito, num
caminho tão doloroso como foi o do Calvário de Jesus. Maria somente conseguiu
isso, porque ela é indissoluvelmente ligada ao seu Filho Jesus, porque Ele
efetivamente é Carne da carne de Maria, e é Sangue do sangue de Maria, eis aí o
que leva ao Dogma da Co-redenção.”
Entretanto, se alguma pobre vítima católica (ou algum “herege protestante”,
como eles gostam de chamar seus opositores) ousar questionar os ensinamentos
desta seita, mostrando que são antibíblicos, eles já se antecipam com ameaças
heréticas, desmerecendo as Escrituras e até chegando a CONFESSAR que a Bíblia
NÃO ensina, nem legitima, seus dogmas: “Opor-se à legitimidade do
título de Corredentora é implicitamente criticar João Paulo II que, mais uma
vez, tem usado repetidamente o título de Corredentora. Usar a linguagem
das Escrituras e dos Padres como critério de legitimar a terminologia da Igreja
seria efetivamente eliminar os títulos dogmáticos marianos da
Imaculada Conceição e da Assunção, bem como o termo transubstanciação e mesmo
infalibilidade papal, pois nenhuma dessas verdades dogmáticas estão
descritas na linguagem das Escrituras e dos Padres.” [grifos
meus] [17]
Como se vê, as Escrituras não ensinam tais dogmas, pois, são todos eles frutos
das mentes apóstatas dos líderes romanos!
Os absurdos da ICAR parecem não ter fim. Vejamos esta citação, que foi
publicada na Revista Time:"Entre todas as mulheres que já viveram, a
mãe de Jesus Cristo é a mais celebrada, a mais venerada... Entre os católicos
romanos, a Madona, ou Nossa Senhora, é reconhecida não somente como a Mãe de
Deus, mas também, de acordo com muitos papas, a Rainha do Universo, Rainha dos
Céus, Trono de Sabedoria e até Esposa do Espírito Santo." (Revista
Time, "Serva ou Feminista?", 30/12/1991, pg. 62-66) [18]
Vejamos que raciocínio
ilógico, antibíblico e até uma afronta à razão: Segundo a “lógica”
católica, pelo fato de Maria ter gerado o corpo humano do Filho de Deus, ela
se tornou, por isto, a “mãe” do próprio Deus e, ao mesmo tempo, “esposa do
Espírito Santo”! Ou seja: ela é esposa de Um (o Espírito Santo), mãe de Outro
(Jesus Cristo) e, por isto, tornou-se a “mãe” de Deus Pai, que também é seu
Criador... Alguém consegue entender isto?
E o pior é que há milhões de pessoas que acreditam nesta falácia e nem podem
questioná-la, senão, serão excomungados e amaldiçoados e condenados ao “fogo
do inferno”! (como se os padres tivesse poder para tal...). Será que eles
crêem também que José [pai adotivo de Jesus Cristo, em Sua natureza humana] se
tornou, por causa disto, o “pai adotivo de Deus”?
|
CONCLUSÃO
É simplesmente lastimável, em pleno século XXI, alguns
iludidos (apesar de bem intencionados) ainda crerem que Maria seja a “mãe de
Deus”!
Isto fere a lógica e o bom senso, além de ser antibíblico e, portanto, uma
heresia. É coisa de catecismo católico, colocado nas mentes das crianças, pois
estas ainda não têm discernimento e maturidade. É pura lavagem cerebral.
O apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, exorta-nos que: “Assim,
como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar
outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema.” (Gl 1:9)
Uma criatura não pode ser
“mãe” do Deus Eterno. Como vimos, Maria não é divina, nem eterna. Nem tampouco,
onisciente, onipresente, muito menos onipotente; pois, tais atributos são
exclusivos do Deus Triúno. Afinal, não há um “Santíssimo Quarteto” no céu!
Vê-se, com certa freqüência, alguns adesivos em carros de católicos com uma
herética frase, que diz: “Peça à Mãe que o Filho atende”. Os
católicos pensam que Jesus Cristo é um “deus irado”, que precisa que “sua mãe”
interceda junto a “ele”, pelos fiéis aqui da Terra, para obterem suas petições.
Enquanto isto, Jesus Cristo nos diz: “... tudo quanto em meu
nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.” (Jo 15:16). “Até
agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o
vosso gozo se cumpra.” (Jo 16:24).
Conclui-se que devemos pedir diretamente ao Pai, em nome do Filho,
e o Pai poderá atender, se for da Sua vontade: “E esta é a confiança
que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos
ouve.” (1Jo 5:14).“Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores;
mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve.” (Jo
9:31). [Vide: Mt 6:10, 26:42; Lc 11:2, 22:42; Jo 9:31; At 21:14; Rm 1:10,
15:32; Ef 5:17; Fp 2:13; Hb 13:21; Tg 1:17; 1 Pe 4:2; etc.].
Porém, mesmo assim, diariamente, milhares, talvez milhões de pessoas, rezam a
Maria, pedindo-lhe graças (sendo que ela não é onisciente nem medianeira). Não
devemos nos esquecer que a Bíblia alerta que pedidos (rezas) feitos às imagens
e ídolos, que são demônios (1 Co 10:20) são possíveis de acontecer.
Entretanto, precisamos entender que nem sempre o que dá certo é de Deus: “O
meu povo consulta a sua madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito
da luxúria os engana, e prostituem-se, apartando-se da sujeição do seu Deus.” (Os
4:12).
Diante de tudo o que as Escrituras nos ensinam, nota-se que a “senhora” dos
católicos não é a Maria da Bíblia, a humilde “serva do Senhor”, a mãe de Jesus
Cristo, que foi salva pela fé nEle. Trata-se, na verdade, de um ídolo criado
por sua falsa “religião”, que usurpa títulos e atributos divinos,
transferindo-os para uma criatura humana, levando o povo ao terrível e
abominável pecado da idolatria!
No céu, só há um Pai, o Senhor, e não uma mãe ou “senhora”: “Um só Deus
e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós” (Ef
4:6). O próprio Jesus O chama de Pai (Lc 22:42; Jo 5:17, 30; etc.).
O ensino católico da “Paternidade Universal de Deus” é mais uma doutrina pagã e
apóstata, pois, a Bíblia nos mostra que Deus só é Pai dos salvos; pois, somente
são “filhos de Deus” aqueles que nasceram de novo (Jo 3:3, 5), pela graça,
mediante a fé em Jesus Cristo (Jo 1:12-13; Mt 5:9, 44, 45; Lc 6:35; Jo 12:36;
Rm 8:14-16, 9:26; Gl 3:26, 4:5, 7; Ef 1:5,2:3, 5:1, 8; 1 Jo 3:1,
10). Os demais seres humanos são meras criaturas e não filhos e, portanto, além
de não terem uma “mãe” no céu, muito menos têm um “pai”!
Para a igreja católica, a "tradição" é superior à Palavra de Deus,
pois, se houver algum conflito de entendimento, deverá prevalecer a decisão dos
papas!!! Aí fica fácil enganar os fiéis, não é mesmo? Ou seja, o que esses
homens falíveis, apóstatas e pecadores disserem vale mais do que o que Deus
disse em Sua Palavra eterna, inerrante e infalível. É só vermos as bulas papais
e decisões dos "concílios" para confirmar isto.
Ora, Deus não tem “mãe”, muito menos “pai”. Porém, apesar da ICAR
ensinar que “Deus tem mãe”, outra falsa religião, a dos mórmons (Mormonismo),
ensina que “Deus tem pai” (que seria o “avô de Jesus”), e que este, por sua
vez, possui outro pai, e, assim, sucessivamente, o que é um verdadeiro
“sarapatel teológico”. [19]
Como se vê, a fé sem fundamento é fanatismo (fé cega)! Aliás, não há “fé” que
justifique tanta afronta à Palavra de Deus! Por isto, a Bíblia deve ser
a única regra de fé e prática de todo aquele que se diz cristão; pois,
caso contrário, a pessoa estará sujeita a situações grotescas como estas que
acabamos de ver.
A Bíblia diz:
"À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é
porque não há luz neles". (Is 8:20)
Humberto Fontes (humbertoetania@globo.com)
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF
e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a
SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas
herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente
da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na
Reforma, como o Textus Receptus).
NOTAS E SUGESTÕES DE ESTUDOS COMPLEMENTARES:
[1] a) O SENHOR DO CÉU, The Lord of Heaven (Um estudo sobre a
Divindade do Senhor Jesus Cristo), autor: Sir Robert Anderson, tradução: Mary
Schultze, disponível em: http://www.espada.eti.br/SenhorDoCeu.htm
b) Jesus Se identificou como Deus? Autora: Mary Schultze,
excerto do texto “Did Jesus Identify Himself as God?” - Let Us Reason Org,
disponível em:http://www.cpr.org.br/jesus_se_identificou_como_deus.htm
c) Jesus é Deus (Como a profecia do Velho Testamento e o ensino do
Novo Testamento demonstram que o Messias Judeu é Deus), autor: Dr. C. Matthew
McMahon, traduzido por Mary Schultze, disponível em http://www.cpr.org.br/JESUS_EH_DEUS.htm
[2] Um
Guia de Estudo para o Livro de Gênesis, autor: Pastor Ron Crisp, tradução:
Pastor Eduardo Alves Cadete, revisão: Joy Ellaina Gardner, verificação: Pastor
Calvin Gardner, disponível em: http://www.palavraprudente.com.br/estudos/ron_c/guiagenesis/cap20.html
[3] Enciclopédia
de Dificuldades Bíblicas, Gleason Archer, Ed. Vida, pág. 99.
[4] A TRI-UNIDADE DE DEUS NO VELHO TESTAMENTO, autor: Stanley
Rosentha, Ed. FIEL, digitalizado por Edwardo Brandão, disponível em:http://br.groups.yahoo.com/group/solascripturatt/message/4437
[5] Maria - Outra Redentora? Cap. 5: “Mãe de Deus”, autor: James R.
White, tradução livre: Felipe Sabino de Araújo Neto, disponível em:http://www.monergismo.com/textos/catolicismo/maria_mae.htm
[6] O
Culto à Deusa Mãe, autor: Eguinaldo Hélio de Souza, disponível em: http://www.cacp.org.br/culto%20a%20deusa%20mae.htm
[7] A
Origem do demônio estrela Renfã, disponível em: http://planetacaos.blogspot.com/2007/07/os-bahais-esto-adorando-o-deus-renf-f.html
[8] A
verdade sobre Maria, autor: Pb. Paulo Cristiano, disponível em: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=134&cont=1&menu=2&submenu=3
[9] MARIA - Nossa irmã em Cristo, autor: Pr. Walter Santos
Baptista, disponível em: http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?id=1051
[10] O Dogma da Imaculada Conceição de Maria, autor: Pb Paulo
Cristiano, disponível em: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=367&cont=1&menu=2&submenu=3
[11] A verdade sobre Maria, autor: Pr. Airton Evangelista da
Costa, disponível em: http://www.solascriptura-tt.org/Seitas/Romanismo/VerdadeSobreMaria-AECosta.htm
[12] Maria, mãe de Jesus, fonte: Wikipédia, disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria%2C_m%C3%A3e_de_Jesus
[13] a) O
Dogma da Imaculada Conceição de Maria, autor: Pb Paulo Cristiano, disponível
em: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=367&cont=1&menu=2&submenu=3
b) Os
Evangélicos Odeiam Maria? Autor: Pb. Paulo Cristiano, disponível em: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=137&cont=1&menu=2&submenu=3
c) A verdade sobre Maria, autor: Pb. Paulo Cristiano, disponível
em: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=134&cont=1&menu=2&submenu=3
d) Análise
Bíblica da Oração da Ave-Maria, autor: Humberto Fontes, disponível em: http://www.scribd.com/doc/4945467/ANALISE-BIBLICA-DA-ORACAO-AVE-MARIA
[14] Assunção de Maria, autor: Pb. Paulo Cristiano, disponível
em: http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=138&cont=1&menu=2&submenu=3
[15] “A Dormida da Mãe de Deus”, João Paulo II, audiência em 25
de Junho de 1997, disponível em:http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/audiences/1997/documents/hf_jp-ii_aud_25061997_po.html
[16] A
Verdade sobre o Quinto Dogma Mariano, disponível em: http://apocalipsetotal.blogspot.com/2008/07/verdade-sobre-o-quinto-dogma-mariano.html
[17] Agora é a hora para o dogma Mariano da Corredenção,
03-Dez-2002, disponível em: http://www.universocatolico.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=389&Itemid=3
[18] A
Adoração à Virgem Maria e às Deusas Pagãs, autor: David Bay, The Cutting Edge
Ministries, disponível em: http://www.espada.eti.br/ce1008.asp
[19] “O Pai de Deus”, autor: Prof. João Flávio Martinez, disponível
em: http://www.cacp.org.br/mormonismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=270&cont=0&menu=6&submenu=1