domingo, 24 de novembro de 2013

FALTA DE PERDÃO.

Minha filha gravou este vídeo para falar sobre a falta de perdão e suas consequências.

sábado, 23 de novembro de 2013

QUEM TEM BOCA “VAIA” ROMA?


Esta é uma lenda que tudo indica ser recente, fruto da sabichonice que corre solta na internet, mas isso não a impede de enganar um grande número de pessoas.

Naquele afã de corrigir o mundo que leva à disseminação de bobagens como “risco de morte” para substituir a tradicional locução “risco de vida” (leia mais sobre isso aqui), começou a circular há algum tempo a tese de que o provérbio “Quem tem boca vai a Roma” está simplesmente errado.

O correto seria, uau, “Quem tem boca vaia Roma”. É o que garantem, muitas vezes com cômica gravidade, sites amadorísticos como este:

Hoje, na nossa cultura, é comum vermos pessoas dizendo, equivocadamente: “Quem tem boca vai a Roma”. É um adágio que tem seus méritos. Valoriza as pessoas esforçadas e que não se envergonham de perguntar. Afinal, quem pergunta e questiona consegue ir aonde bem quiser. Todavia, não podemos deixar de dizer que a forma correta desse ditado é: “Quem tem boca vaia Roma”. É justamente isso que as pessoas faziam em relação aos “deslizes” dos imperadores e as formas de governo que definhavam o império: vaiavam Roma.
 
Em alguns desses textos, atribui-se indevidamente a tese da vaia ao professor de português Pasquale Cipro Neto. Este já a rejeitou com veemência, mas a sabichonice não esmorece tão facilmente.

Dito existente há séculos, “Quem tem boca vai a Roma” é registrado em numerosos dicionários portugueses e brasileiros. Apenas um exemplo: em seu “Dicionário de Provérbios”, Raimundo Magalhães Jr. afirma o seguinte:

O sentido desse provérbio é o de que não é difícil ir a um lugar longínquo e desconhecido pela primeira vez, quando não se tem acanhamento de pedir informações constantemente sobre o rumo a seguir.

Há dois caminhos para provar que se equivocam aqueles que, sem nenhuma base histórica, tentam corrigir o velho provérbio. O primeiro é um passeio até o português antigo, no qual encontramos esta variante: “Quem língua tem, a Roma vai e vem”. Como se vê, a vaia não tem vez aqui.

O segundo caminho nos afasta do português e nos põe diante de provérbios equivalentes em outros idiomas, todos com o mesmo sentido que Magalhães Jr. expõe acima. Por exemplo: o espanhol tem “Preguntando se va a Roma” e o francês, “Qui langue a, à Rome va”.

Fonte: Revista Veja (30-10-2013)

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Entrevista com os apóstolos.

Era noite e já estava chovendo.
Subi as escadas daquele templo antigo, feito com pedras grandes, que tinha uma porta estreita à frente. Todos os apóstolos e alguns escritores eclesiásticos já estavam esperando em seus lugares, sentados em uma sala de reuniões grande e espaçosa, aguardando a chegada do entrevistador.
Abri a porta. Não sabia se iria ser aceito, até que li uma mensagem na parte de cima da porta que dizia:
"Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora." ( João 6 : 37 )
Entrando, me deparo com Pedro, Tiago, João e os demais apóstolos e evangelistas, incluindo Paulo. Entrei naquela sala e fui logo cumprimentando os apóstolos:

- Salve Maria!
Ao que Paulo me respondeu:
- Graça e paz da parte de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. ( 2Tessalonicenses 1 : 2 )

- Paulo, é uma honra estar falando com você. Como você sabe, precisamos de mediadores como você e os outros santos para chegarmos a Deus, então...

Nisso, ele me interrompe e diz:
- Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus. ( 1Timóteo 2 : 5 )
- Mas, Paulo, a Igreja Católica diz que...
- "Um só mediador..." ! ( 1Timóteo 2 : 5)
- Ok, tudo bem!
Como você sabe, nós, católicos, estamos guardando a tradição apostólica há dois mil anos. E essa tradição diz que há vários mediadores entre nós e Deus, e que a própria Maria é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira... (§ 969 do Catecismo Católico)

- Tende cuidado, para que ninguém o faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo. ( Colossenses 2 : 8 )

Nisso, o evangelista Mateus toma a palavra e diz:
- Por que transgredis o mandamento de Deus pela vossa tradição? ( Mateus 15 : 3 )

Antes de me dar a chance de responder, entra alguém furioso pela porta.
Seu nome era papa Gregório IX. Ele estava acompanhado de outros três senhores e queria sentar na cadeira de Pedro, mas este não se levantou de seu lugar. Então, ele disse:
- Proibimos os leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento. Proibimos ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no vernáculo popular. As casas, os mais humildes lugares de esconderijo, e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas, e qualquer que os abrigar será severamente punido. ( Concílio de Tolossa, 1229, Cânon 14 : 2 )

Enquanto ele dizia isso, ouvi Paulo cochichando algo ao jovem Timóteo, que estava ao seu lado. Pelo o que pude entender, ele disse:

- Desde criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. ( 2Timóteo 3 : 15 a 17 )

Não pude entender o resto, porque aquele outro homem, que queria sentar na cadeira de Pedro, berrava. Mas pude ouvir a última parte, que dizia:
- ...Dedique-se à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino. ( 1Timóteo 4 : 13 )

O homem que gritava os ameaçou de excomunhão e com a fogueira da Inquisição. Mas Pedro respondeu:
- É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens! ( Atos 5 : 29 )

Irritado, um de seus companheiros, chamado Pio IX, disse:
- Sociedades bíblicas são pestes que devem ser destruídas através de todos os meios possíveis. ( Encíclica "Quanta Cura", Título IV )

E ele argumentou, dizendo:
- Nas regras que foram aprovadas pelos padres designados pelo Concílio Tridentino, aprovadas por Pio IV e antepostas ao índice dos livros proibidos, lê-se por sanção geral que não se deve permitir a leitura da Bíblia publicada em língua vulgar. ( Encíclica Inter praecipuas )

Antes de irem embora, um terceiro senhor, chamado Leão XIII, os ameaçou, dizendo:
- Nós detemos nesta terra o lugar de Deus Todo-Poderoso. ( Praeclara Gratulationis Publicae )

E um quarto homem, chamado Bonifácio VIII, que até então estava calado, disse:
- Além disso, nós declaramos e definimos que é absolutamente necessária para a salvação que toda criatura humana esteja sujeita ao Pontífice Romano. (Unam Sanctam)

Estes senhores, que se diziam bispos universais, foram embora. Constrangido, um homem que estava sentado à mesa, chamado Gregório Magno, disse:
- Agora eu digo com confiança que todo aquele que chama a si mesmo, ou deseja ser chamado, papa universal é, em sua exaltação, o precursor do anticristo, porque ele orgulhosamente se coloca acima de todos. E pelo orgulho ele é levado ao erro, pois como perverso deseja aparecer acima de todos os homens.
( Carta a Maurícius Augustus )

- Mas Gregório, nós, católicos, aprendemos que o bispo de Roma é um papa universal, com poderes plenos, supremos e universais na Igreja. (§882 do Catecismo Católico)

- Se qualquer um na Igreja toma para si esse nome, pelo qual se faz a cabeça de todo o bem, segue-se que a igreja universal cai do seu pedestal (o que não permita Deus) quando aquele que é chamado universal cai. Mas longe dos corações cristãos esteja esse nome de blasfêmia, no qual é tirada a honra de todos os sacerdotes, no momento em que é loucamente arrogado para si por um só. ( Epístola XX a Maurício César)

- Nós aprendemos que o papa, que é o bispo de Roma, é o sumo pontífice dos cristãos. Como você ousa dizer o contrário?

Neste momento, um homem que não queria se identificar levanta a mão e toma a palavra:
- Temos um Sumo Pontífice, que está sentado à direita do trono da Majestade divina nos céus. ( Hebreus 8 : 1 )

- Quem é esse único Sumo Pontífice, a que você se refere?
- Um grande Sumo Sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. ( Hebreus 4 : 14 )

- Isso não é justo. Pedro é a cabeça de todos os apóstolos. (Catecismo Católico, P. 32.5)
No colégio dos doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. (§552 do Catecismo Católico).

Nisso, começou uma discussão entre os discípulos, acerca de qual deles era o maior. ( Lucas 22 : 24 )
Um advogado chamado Tértulo, tomando a palavra, apontou para Paulo e disse:
- Ele é o chefe da seita dos nazarenos! ( Atos 24 : 5 )
Paulo não confirmou, mas disse:
- Em nada fui inferior aos mais excelentes apóstolos. ( 2Coríntios 11 : 5 )
Antes que a discussão se prolongasse, Marcos se lembrou das palavras do Mestre e as registrou diante de todos, dizendo:

- Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder sobre elas. Não será assim entre vocês. ( Marcos 10 : 42 )

Eu não concordei com o que disse Marcos e corrigi o autor daquela declaração:

- Isso é impossível, a igreja de Roma diz que é Pedro! Pedro, fale para eles que você é o mais importante!

Pedro, então, tomou a palavra e disse:
- Eu também sou presbítero como eles. ( 1Pedro 5 : 1 )

- É claro que você não é um simples presbítero como todos os demais. Você é a única coluna da igreja, é a pedra sobre a qual a igreja está edificada.

Paulo balançava a cabeça em sinal negativo.

- Como é, Paulo, vai dizer que não?
- Tiago, Pedro e João são tidos por colunas. ( Gálatas 2 : 9 )

- Quer dizer que Pedro não é a única coluna e nem a primeira? Não é justo, Pedro é a pedra e ponto final!

O próprio Pedro tomou a palavra e disse:
- Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. ( Atos 4 : 11 )

- Pedro, não diga bobagens. Você está indo contra a tradição.

- Para os que creem, esta pedra é preciosa; mas para os que não creem, a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra principal. ( 1Pedro 2 : 7 )

- Como intercessor católico no Céu, junto aos outros santos como Abraão e Davi, você deveria ter mais conhecimento da tradição.

- Davi não subiu aos céus. ( Atos 2 : 34 )
- E Abraão?

Um homem chamado Isaías respondeu:
- Abraão não nos conhece. ( Isaías 63 : 16 )

- É claro que conhece, ele está no Céu intercedendo por nós. É o que diz a tradição. O problema de vocês é que vocês se baseiam somente na Bíblia.

Alguém chamado Cirilo, que veio de Jerusalém para aquela reunião, se apresentou e disse:
- Com respeito aos mistérios divinos e salvadores da fé, nenhuma doutrina, mesmo trivial, pode ser ensinada sem o apoio das Escrituras divinas, pois a nossa fé salvadora deriva a sua força, não de raciocínios caprichosos, mas daquilo que pode ser provado a partir da Bíblia. ( Cirilo, Das Divinas Escrituras )

Outro homem, que não me recordo bem o nome, mas me parece que veio de Cartago para aquela reunião, acrescentou:

- Que orgulho e que presunção é igualar tradições humanas às ordenanças divinas! ( Epístola 71 )
Ah, sim, seu nome era Cipriano. Pouco antes de entrar naquela sala, ele chamou um certo Estêvão, bispo de Roma, de "amigo de hereges e inimigo dos cristãos". 
( Epístola 74 ). Antes que eu pudesse me defender, alguém chamado Jerônimo me disse:

- Se você quer clarificar as coisas em dúvida, ide à lei e ao testemunho da Escritura; fora dali estais na noite do erro. Nós admitimos tudo o que está escrito, e rejeitamos tudo o que não está. As coisas que se inventam sob o nome de tradição apostólica sem a autoridade da Escritura são feridas pela espada de Deus. (In Isaiam, VII; In Agg., I)

Já era tarde e eu tinha que voltar para casa. Antes, porém, decidi me prostrar diante de Pedro, assim como todos os de minha religião fazem com os papas. Ele, porém, me fez levantar, dizendo:

- Levante-se, eu sou homem como você! ( Atos 10 : 26 )
Levantei-me e fui embora. Me agarrei a uma imagem de algum santo que trazia comigo. Antes de passar pela porta, o homem chamado Isaías me deu uma última palavra, dizendo que vinha de Deus para mim:
- Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor. 
( Isaías 42 : 8 )

Saí daquele lugar onde não me sentia bem. Procurei um local onde me sentisse mais em casa, até que vi uma Paróquia Nossa Senhora de Alguma Coisa. Entrei por uma porta larga. Ali não precisava usar Bíblia, bastava um folheto da missa. Falava-se uma língua estranha que diziam que era latim, ninguém entendia nada. Apenas repetíamos tudo o que o padre falava, e, quando rezávamos, usávamos de vãs repetições. Depois da missa, saí por aquela mesma porta larga e espaçosa, símbolo da minha escravidão ao papa.


Fonte: God Arms

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

15 RAZÕES PORQUE DEIXEI DE SER CATÓLICO ROMANO.


Confissões de um Ex-padre

“E ouvi outra voz do céu que, que dizia sai dela povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Apocalipse 18:4”.

Ex Padre Josias de Souza Lima

15 razões porque deixei de ser católico romano:

1- Porque Jesus disse "Examinai as Escrituras porque cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de Mim testificam” (João 5:39).
Se é pelo intermédio das Escrituras e mediante os ensinos de Jesus que “uma vez aceitando-O alcançamos a salvação” exclui-se, portanto que seja pela igreja católica.

2 Não sou católico romano porque sendo a religião cristã fundada por Cristo, foi durante 200 anos divulgada sem modificações nem acréscimos, mas dali pra cá surgiram novas doutrinas, falsificações, e toda a sorte de cerimônias estranhas ao Novo Testamento, que foram discutidas em concílios e aprovadas por homens, daí nascendo a Igreja Católica Romana.
“Mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviam mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente” (Romanos 1:25).

3- Não sou Católico Romano, porque atendendo ao pedido de Jesus no que Ele diz examinai as Escrituras, isso tenho feito e nunca encontrei nos livros sagrados do Novo Testamento o “Ofício da Missa”.
A razão porque não encontrei, é que foi composto pelo Papa Gregório I uns 600 anos depois de Cristo.

4 Não sou Católico Romano, porque não encontrei uma passagem no novo testamento que mostre algum dos apóstolos diante do altar incensando imagens.
A razão porque não encontrei, é que o culto das imagens foi decretado pelo 2.º Concilio de Nicéia 787 depois de Cristo.

5 Não sou Católico Romano, porque não encontrei no Novo Testamento um só trecho que fale de ter havido na Igreja primitiva alguma procissão eucarística.
A razão porque não encontrei, é que começou em 1360 anos depois de Cristo.

6- Não sou Católico Romano, porque não encontrei um versículo qualquer na Bíblia que recomende o uso do rosário.
A razão porque não encontrei, é que apareceu com o Pedro Eremita em 1090 depois de Cristo.

7- Não sou Católico Romano, porque não encontrei na Bíblia Sagrada um só mandamento que proíba o casamento dos ministros da religião.
A razão porque não encontrei, é que foi proibido pelo Papa Gregório VII em 1074 depois de Cristo.

8 Não sou Católico Romano porque não encontrei nas Escrituras Sagradas a palavra “Purgatório”.
A razão porque não encontrei, é que não existe e só foi promulgado pelo concilio de Trento, em 1563 depois de Cristo. Antes desta data não havia nenhuma alma no purgatório, pois não havia sido criado pelo Papa.

9 Não sou Católico Romano porque não encontrei uma só passagem no Novo Testamento que mostre algum ministro de Deus aspergindo água benta no caixão de um morto e fazendo-lhe recomendação.
A razão porque não encontrei, é que foi criado pela Igreja Católica, a fabricação da água benta apareceu 1000 anos depois de Cristo.

10 Não sou Católico Romano porque não encontrei na Palavra de Deus que se deve orar e render culto aos Santos e aos Anjos.
A razão porque encontrei, é que foi criado pela Igreja no ano 788 depois de Cristo. E o culto das imagens foi decretado pelo 2º Concilio de Nicéia em 787 depois de Cristo.

11 Não sou Católico Romano, porque não encontrei nas Escrituras Sagradas que entre Deus e os homens há outro mediador e intercessor fora de Jesus Cristo (I Tim 2:5)

12 Não sou Católico Romano porque não encontrei na Bíblia Sagrada a ”confissão auricular”.
A razão porque não encontrei, é que foi estabelecida como doutrina pelo 4º concilio de Latrão Roma em 1215 depois de Cristo.

13 Não sou Católico Romano porque não encontrei na Escrituras Sagradas a “Transubstanciação” doutrina da hóstia transformada no corpo de Cristo (osso, carne, nervos, unhas, cabelos, sangue, espírito e divindade).
A razão porque não encontrei, é que esta inovação foi criada no concilio de Latão em 1215 depois de Cristo.

14 Não sou Católico Romano porque a Bíblia diz que “se alguém ouvir as palavras deste livro vivera, mas se alguém lhe acrescentar mais alguma coisa. Deus lhe fará vir sobre eles as pragas escritas neste livro. E se alguém “Tirar quaisquer palavra do livro desta profecia, Deus lhe tirara a sua parte da arvore da vida e da cidade Santa." (Apocalipse 22:18,19).

15 Não sou Católico Romano, porque disse Jesus em Apocalipse “sai dela povo Meu para que não sejas participante dos seus pecados e não tomes partes nas suas pragas” (Apoc. 18:4).


Ao leitor inteligente, bastam estas advertências, uma vez que provamos que Roma Papal incorre nas condenações de Deus. Ela mudou, acrescentou, e diminuiu a palavra divina em concílios e decretos, por estas razoes não sou Católico Romano.
E no dia que encontrar qualquer Católico Romano Padre ou leigo que provar com versículos a autenticidade para tais doutrinas, deixo de ser Cristão Evangélico para ser Católico Romano.


Josias de Souza Lima ministro evangélico
Caixa postal 859 CEP 80.000 Curitiba - PR 

As Relíquias do Romanismo.


Fonte: “Babilônia: A Religião dos Mistérios” (Antiga e Moderna) – Ralph Woodrow

A GROSSEIRA SUPERSTIÇÃO que tem acompanhado o uso de relíquias revela a decepção e inconsistência com as quais o romanismo tem sido assolado por séculos. Entre as relíquias mais altamente veneradas tem havido pedaços da “verdadeira cruz”. Tantos desses foram espalhados através da Europa e outras partes do mundo que Calvino disse certa vez que se todos os pedaços fossem reunidos, eles formariam uma boa carga de navio; ainda assim, a cruz foi levada por uma só pessoa. Devemos crer que esses pedaços se multiplicaram miraculosamente da mesma maneira quando Jesus abençoou os pães e os peixes? Esta foi aparentemente a crença de São Paulino que falou da “reintegração da Cruz, ou seja, que ela jamais diminuiu de tamanho, a despeito de quantos pedaços fossem tirados dela”.

O notável reformador, João Calvino (1509-1564), mencionou a inconsistência de várias relíquias do seu dia. Várias igrejas diziam que possuíam a coroa de espinhos; outras as talhas usadas por Jesus no milagre de Cana. Um pouco do vinho podia ser achado em Orleans. A respeito de um pedaço de peixe frito que Pedro ofereceu a Jesus, Calvino disse: “Ele deve ter sido maravilhosamente bem salgado, se tinha de ser conservado por tão longa série de eras”. O berço de Jesus era exibido para veneração cada véspera de Natal na igreja de Santa Maria Maior em Roma. Várias igrejas afirmavam que tinham as fraldas de Jesus. A igreja de São Tiago, em Roma, apresentava o altar no qual Jesus foi colocado quando foi apresentado no templo. Até mesmo a pele do prepúcio (de sua circuncisão) era mostrada pelos monges de Charroux, que, como prova de sua autenticidade, declaravam que havia derramado gotas de sangue. Várias igrejas afirmavam que possuíam o ´santo prepúcio´, incluindo uma igreja em Coulombs, França, a Igreja de São João em Roma, e a Igreja de Puy em Velay.

Outras relíquias incluem as ferramentas de carpinteiro de José, ossos do jumentinho no qual Jesus cavalgou entrando em Jerusalém, o cálice usado na Última Ceia, a bolsa vazia de Judas, a bacia de Pilatos, o manto de púrpura lançado sobre Jesus pelos soldados que zombavam, a esponja levantada por ele na cruz, cravos da cruz, fios de cabelos da virgem Maria (alguns castanhos, alguns louros, alguns ruivos, e alguns pretos), suas saias, seu anel de casamento, sandálias, véu, e até mesmo a mamadeira de Jesus.

De acordo com a crença católica, o corpo de Maria foi tomado para o céu. Porém, várias diferentes igrejas na Europa reclamam ter o corpo da mãe de Maria, muito embora nada saibamos a respeito dela e ela nem mesmo recebeu o nome de “SantAna” até há poucos séculos atrás! Ainda mais difícil é uma história a respeito da casa de Maria. Os católicos acreditam que a casa na qual Maria viveu em Nazaré está agora na cidadezinha de Loreto, na Itália, tendo sido transportada para lê pelos anjos.

A The Catholic Encyclopedia diz: “Desde o século quinze, e possivelmente até antes disto, a “Santa Casa” de Loreto tem sido enumerada entre os mais famosos santuários da Itália... O interior mede somente 9,40m por 3,90m. Um altar fica numa extremidade abaixo de uma estátua enegrecida pelo tempo, da Virgem Mãe e seu Divino Infante... digna de veneração em todo o mundo, por causa dos divinos mistérios realizados nela... Foi aqui que a santíssima Maria, Mãe de Deus, nasceu; foi aqui que ela foi saudada pelo Anjo; foi aqui que o Verbo eterno foi feito Carne. Os anjos transportaram esta Casa da Palestina para a cidadezinha de... no ano da salvação de 1291 do pontificado de Nicolau IV. Três anos depois, no princípio do pontificado de Bonifácio VIII, ela foi levada novamente pelo ministério dos anjos e foi colocada em um bosque... onde tendo mudado sua estação três vezes no decorrer de um ano, completamente, pela vontade de Deus ela tomou sua posição permanente neste local... Que as tradições proclamadas assim, de maneira rude, para o mundo tem sido plenamente sancionadas pela Santa Sé, nem por um momento pode permanecer em dúvida. Mais de quarenta e sete papas tem de várias maneiras prestado homenagem ao santuário, e um imenso número de Bulas e Breves proclama sem qualquer dúvida a identidade da Santa Casa de Loreto com a da Santa Casa de Nazaré”.

A veneração de corpos mortos de mártires foi ordenada pelo Concilio de Trento, o Concilio que também condenou aqueles que não acreditavam nas relíquias: “Os santos corpos dos santos mártires... devem ser venerados pelos fiéis, pois através desses corpos muitos benefícios são derramados por Deus sobre os homens, de modo que, aqueles que afirmam que veneração e honra não são devidas às relíquias dos santos... devem ser completamente condenados, como a Igreja há muito os tem condenado e ainda os condena”. Desde que se acreditava que “muitos benefícios” advinham dos ossos de homens mortos, a venda de corpos e ossos tornou-se um grande negócio.

Em torno de 750, longas filas de carroções constantemente vinham para Roma, trazendo imensas quantidades de crânios e esqueletos que eram classificados, etiquetados, e vendidos pelos papas. Sepulturas eram violadas durante a noite e túmulos nas igrejas eram vigiados por homens armados. “Roma”, diz Gregorovius, “era como um cemitério malcheiroso, no qual hienas uivavam e brigavam, enquanto cavavam avidamente à procura de cadáveres”. Existe na Igreja de São Praxedes uma placa de mármore a qual afirma que em 817, o papa Pascoal transferiu os corpos de 2.300 mártires de cemitérios para esta igreja. Quando o papa Bonifácilo IV converteu o Panteon em uma igreja cristã em mais ou menos 609, “vinte e oito carretas carregadas de ossos sagrados das Catacumbas foram descarregadas em uma bacia de pórfiro abaixo do altar-mor”.

Para se consagrar o terreno e o prédio de uma igreja, exigia-se que se colocasse debaixo dela ossos ou outras relíquias. A Catedral de Wittenberg, à porta da qual Lutero afixou suas famosas “Noventa e Nove Teses”, tinha 19.000 santas relíquias. Os bispos foram proibidos pelo segundo Concílio de Nicéia em 787 de dedicar um edifício se não houvesse qualquer relíquia presente; a penalidade para fazer isso era a excomunhão.

Nas lendas antigas, quando Nimrode, o falso “salvador” da Babilônia morreu, seu corpo foi dividido junta por junta – e as partes foram enterradas em diferentes lugares. Quando ele foi “ressuscitado”, tornando-se o “deus-sol”, foi ensinado que estava agora em um corpo diferente, tendo deixado para trás os membros do velho corpo. Isto está em contraste com a morte do verdadeiro Salvador, Jesus Cristo, de quem foi profetizado, “Nenhum dos seus ossos será quebrado” (Jo 19.36) e que ressuscitou no verdadeiro sentido da palavra. A ressurreição de Cristo resultou em um túmulo vazio, nenhuma parte do seu corpo tendo sido deixada para trás para servir de relíquia.

Na velha religião dos mistérios, os diferentes locais onde se acreditava que os ossos do seu deus estavam enterrados, eram considerados sagrados – “consagrados” por um osso. “O Egito estava coberto com sepulcros de seu deus martirizado; e muitos tinham uma perna ou um braço ou um crânio, todos registrados como genuínos, os quais eram exibidos nos locais de sepultamento rivais para a adoração dos fiéis egípcios”.

A influência do Egito sobre os filhos de Israel é evidenciada na fabricação do bezerro de ouro. Desde que o Egito era um lugar de relíquias multiplicadas, a sabedoria de Deus no sepultamento secreto de Moisés é compreensível (Dt 34.6). Ninguém sabia o lugar do seu sepultamento e não se podiam fazer peregrinações sagradas à sua tumba. Anos mais tarde, a serpente de bronze que Moisés fizera foi chamada de “Neustã” e foi adorada como uma relíquia sagrada pelos israelitas (2 Rs 18.4). Se tal idolatria foi praticada com algo que Moisés fizera, quão mais profundamente eles teriam entrado na idolatria, se possuíssem algum dos ossos dele.

Talvez seja desnecessário dizer que o uso de relíquias é muito antigo e não se originou com o cristianismo. A The Catholic Encyclopedia afirma corretamente que “o uso de alguns objetos, notadamente parte do corpo ou roupas, permanecendo como um memorial de um santo que partira, e à veneração de relíquias e, de fato, até certo ponto, um instinto primitivo, associado com muitos outros sistemas religiosos além do cristianismo”. Se Cristo e os apóstolos não usaram relíquias, mas seu uso era conhecido antes do cristianismo e entre outras religiões, não temos nós outros exemplos de uma ideia pagã cristianizada?

Não vemos relíquias como algo que tem parte na verdadeira adoração, pois “deus é Espírito, e importa que aqueles que O adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.24). Alguns dos ossos que já foram aclamados como ossos de santos, têm sido expostos como ossos de animais. Na Espanha, uma catedral certa vez foi apresentada como o que se dizia ser parte de uma asa do anjo Gabriel quando ele visitou Maria. Sob investigação, contudo, descobriu-se que era uma magnífica pena de avestruz. Não é necessário laborar muito sobre esta questão. A própria The Catholic Encyclopedia reconhece que muitas relíquias são duvidosas. “Muitas das mais antigas relíquias devidamente exibidas para veneração nos grandes santuários da cristandade ou mesmo na própria Roma, deverão ser agora pronunciadas como certamente espúrias ou abertas a graves suspeitas... Dificuldades deveriam ser levantadas urgentemente contra a suposta coluna da flagelação” venerada em Roma na Igreja de São Praxedes e contra muitas outras relíquias famosas”.

Como, então, é explicada esta discrepância? A The Castholic Encyclopedia continua: “... nenhuma desonra será cometida contra Deus, pela continuação de um erro que tem sido aceito em perfeita boa fé por muitos séculos... Daí existe justificativa para a prática da Santa Sé em permitir que o culto de certas antigas relíquias duvidosas continue”. Mas, novamente, apontaríamos que a verdadeira adoração é em espírito e em verdade – não pela continuação de um erro. Mesmo que tivéssemos um dos cabelos de Maria, ou um osso do apóstolo Paulo, ou as vestes de Jesus, Deus se agradaria com estas coisas sendo colocadas como objeto de culto? De acordo com o exemplo da serpente de bronze de Moisés, Deus não se agradaria. Podemos somente perguntar: se não haveria virtude real no verdadeiro cabelo, osso, ou vestido, quando menos poderá existir mérito em relíquias que se sabe que são falsificações?

Fonte: “Babilônia: A Religião dos Mistérios” (Antiga e Moderna) – Ralph Woodrow

Nota: As relíquias continuam:

“Originalmente eram os restos mortais dos mártires da fé que, no lugar da sepultura, passaram a ter veneração a eles referida. Depois também se veneraram as relíquias dos confessores da fé e de outros fiéis com fama de santidade. Perante o perigo de profanação dos túmulos pelos povos bárbaros, muitas relíquias foram levadas para lugares seguros; e começaram a trocar-se entre Igre­jas relíquias dos seus santos. Tal costume acentuou-se com as Cruzadas, que trouxeram para o Ocidente muitas relíquias de santos orientais. O desejo muito generalizado de possuir relíquias levou ao comércio de falsas relíquias, que a Igreja sempre condenou, com sucesso relativo, o que deu argumentos às críticas dos reformadores protestantes, levando o Conc. de Trento a defender o culto das r., mas com a condição de serem autênticas ou de serem autenticadas. As formas tradicionais do culto das r. são a exposição, as procissões e, mais tardiamente, a bênção com elas (à semelhança da bênção com o SS. Sacramento). A reforma litúrgica do Conc. Vat. II aboliu a obrigatorie­dade de relíquias nos altares (nomeadamente nas “pedras de ara”), embora recomende a colocação de r. autênticas na base dos altares (CDC 1237,2). Não é permitido vender r., nem transferir ou alienar r. insignes ou de grande devoção do povo, sem autorização da Santa Sé. São particularmente insignes os instrumentos da Paixão de J. C., partes do santo lenho, da coroa de espinhos, os cravos e, se for autêntico, o *sudário de Turim” (Enciclopédia Católica Popular - http://www.ecclesia.pt/catolicopedia ).

Transcrição: Pr. Airton Evangelista da Costa