terça-feira, 22 de outubro de 2013

Quem Eram os Irmãos de Jesus?

                Para provar que Maria não permaneceu virgem para sempre, a Bíblia nos fala dos irmãos de Jesus, diversas vezes, também. No Evangelho de Mateus, lemos: Não é este o filho do carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas. Não vivem entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isso? (Mateus 13:55-56). Depois do nascimento de Jesus, todas as vezes em que a Bíblia fala de Maria, ela está sempre em companhia de seus filhos. Pelo visto, eles viviam juntos, como uma família normal (Mateus 12:46, 13:55-56, Marcos 3:31, 6:3, Lucas 8:19 e João 2:12). Alguns Católicos garantem que os irmãos de Jesus eram na verdade seus primos. Muitas traduções antigas da Bíblia Católica traduzem a palavra irmão por primo, sem qualquer respaldo bíblico e somente no caso dos irmãos de Jesus Cristo. Todos os demais irmãos foram traduzidos por irmãos. A desonestidade neste tipo de tradução foi tão evidente, que quase todas as traduções recentes da Bíblia, agora usam a palavra irmão.

           Alguns Católicos até argumentam: sim, eles eram irmãos, mas só no sentido espiritual, não físico. Essa interpretação é também errada, porque até a ressurreição acontecer, os irmãos de Jesus não criam nele (João 7:5). Então está muito claro que seus irmãos na carne não criam nele. Se seus irmãos não criam nele, obviamente não eram irmãos no sentido espiritual. Os tradutores da versão New American Bible (Nova Bíblia Americana) evidentemente reconhecem que esta contesta os ensinos romanos de que Maria permaneceu virgem após o nascimento de Cristo. Eles enfraqueceram levemente a tradução de João 7:5. Várias passagens da Bíblia realmente distinguem os irmãos espirituais dos irmãos físicos de Jesus. Exemplo disso é João: 2:12. Depois disto, desceram a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos e seus discípulos.... (Ver ainda João 12:46-50, Marcos 3:31-35, 6:1-3, Lucas 8:19-22). Passagens como estas deixam bem claro que a Bíblia faz distinção entre os irmãos de Cristo e seus discípulos.

           Sobre esse falso fundamento da perpétua virgindade de Maria, os filósofos, através dos séculos, criaram muitas fábulas e idéias que não estavam embasadas na Bíblia ou em qualquer outro registro do período no qual ela viveu. Jesus Cristo não encorajou a excessiva glorificação de Maria, a qual é tão comum, agora. Lemos, por exemplo: Enquanto ele assim falava, certa mulher levantou a voz do meio da multidão, e disse-lhe: “Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!” Ele, porém, respondeu: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus e a observam” (Lucas 11:27-28. Ver também: Mateus 12:46-50 e Marcos 3:31-35).

           Dar a Maria a glória que só deveria ser dada a Deus não é a maneira certa de honrá-la. Se eu chamasse você de “Sua Majestade, a Rainha da Inglaterra”, ou então dissesse: “foi maravilhosa a sua bravura ao enfrentar perigos para atravessar o Oceano Atlântico e descobrir a América!”, você se sentiria honrado? Provavelmente você me acharia um grande ignorante ou então que eu estaria zombando de você, não é? Certamente você iria preferir que eu dissesse algo de bom que você tivesse realmente feito...

           Outra maneira de honrar Maria é fazer o que certamente lhe agradaria. A Bíblia nos dá apenas um mandamento dela. Foi nas Bodas de Caná que ela disse: Fazei tudo o que ele vos disser (João 2:5). Ela estava ordenando que os criados naquelas Bodas obedecessem Jesus em tudo que Ele os mandasse fazer. Uma vez que este mandamento foi dado numa ocasião especial e para um povo específico, nós até podemos deixar de cumpri-lo, se o desejarmos. Todavia, em nossos corações sabemos que Maria ficaria mais feliz se obedecêssemos a Cristo do que se deixássemos de fazê-lo, e ainda por cima ficássemos dizendo que estamos honrando-a. Então, vamos honrar Maria de uma maneira que não vá de encontro aos ensinos da Escritura, de um modo que ela e Deus possam aprovar. Sigamos o seu mandamento, fazendo tudo que Jesus nos manda fazer...

"Aos Amigos Católicos", Cap. 6, 



Thomas F. Heinz 

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