“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho
unigênito,para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna.” JOÃO 3.16
Igreja Católica Romana ensina que
existem sete sacramentos e que estes se relacionam diretamente com a salvação.
Mas o que seria um sacramento? A palavra “Sacramento” vem do latim Sacramentum e significa “alguma coisa separada
para um propósito sagrado”. O uso do nome sacramento apareceu pela primeira vez
nos
escritos de Tertuliano (Século III),
sendo empregado no século seguinte por Jerônimo na vulgata latina traduzindomisterion (mistério) de Efésios 5:32 entre outras
passagens do Novo Testamento. No século V esta doutrina foi mais bem formulada
e no Concílio Ecumênico de Trento foi oficializada. O compêndio do Catecismo da
Igreja Católica define sacramento como “sinais sensíveis e eficazes da
graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é
concedida a vida divina”.
Dentro da doutrina Católica, os sacramentos estão diretamente ligados à
salvação e portanto, são extremamente necessários à vida Cristã. Segundo ensina
o Catolicismo, uma pessoa que não esteja debaixo dos Sacramentos Católicos está
totalmente fora da graça de Deus e provavelmente não alcançará a salvação.
O Catolicismo define os sacramentos como sete: o Batismo, a Crisma (ou
confirmação), a Eucaristia, a Penitência (ou confissão), o Matrimônio, as
Ordens Sagradas e a Unção dos Enfermos. Dentre estes sete, Igreja Católica
define quatro que são necessários para a salvação: o Batismo, a Crisma, a
Eucaristia e a Penitência. Uma pessoa que não participe destes quatro
Sacramentos (salvo alguns casos tratados de forma diferente pela Igreja) não
está apto a receber a salvação.
Nós Evangélicos também cremos que Jesus Cristo deixou ordenanças que
devemos observar. Mas não cremos que sejam sete e nem que sejam necessárias
para a salvação. Cremos em apenas duas ordenanças: o Batismo e a Ceia (ou
Eucaristia). Ambos são ministrados aos membros de determinada congregação como
ordenanças necessárias à vida Cristã que nos trazem bênçãos espirituais e nos
colocam debaixo da vontade de Deus, mas não são necessários à salvação, como
cremos que a Bíblia ensina.
Neste capítulo, iremos analisar a doutrina da salvação dentro do
Catolicismo respondendo a uma grande pergunta: O que é necessário para alcançar
a salvação? Creio que responderemos a esta pergunta da forma que a Bíblia nos
ensina, com toda a aprovação das Escrituras e do nosso poderoso e eterno Deus.
Os Sacramentos são Necessários para a
Salvação
“A Igreja afirma que, para os
crentes, os sacramentos da Nova Aliança são necessários para a salvação (46).”
Catecismo da Igreja
Católica, parágrafo 1129
A declaração acima afirma que os sacramentos são
necessários para a salvação. Na verdade, somente os quatro principais são
considerados necessários, os demais não. No entanto, o que a Bíblia afirma a
respeito deste assunto? A Bíblia afirma que algum sacramento é necessário para
a salvação?
A Salvação vem pela fé (Rm 15:1; Ef
2:8-9), ou seja, o crer em Jesus Cristo (Mc 16:16; At 16:31) é quem salva e não
o ato de receber a imposição de mãos de um bispo ou confessar seus pecados a um
padre. A Bíblia pode até falar de tais “Sacramentos” (não da forma que vemos no
Catolicismo é claro), mas nunca os relaciona com a salvação. O caso mais claro
na Bíblia é o do carcereiro em Atos 16. Quando ele pergunta para Paulo e Silas:
“Senhores, que me é necessário fazer para me salvar?”
(At 16:30). Eles respondem: “Crê no Senhor Jesus e serás
salvo, tu e tua casa.” (At 16:31). Nem Paulo, nem Silas sequer
citaram algum sacramento. A pergunta foi direta e objetiva, o carcereiro queria
realmente ser salvo e estava disposto a acatar o que viesse, portanto, podemos
concluir que o que Paulo e Silas responderam é mesmo verdade absoluta. Se fosse
necessário crer em algum tipo de sacramento, Paulo não o teria dito? Silas não
poderia ter dito: “Primeiro você deve ser batizado, depois você deve confessar
seus pecados ao irmão Paulo etc.” ? Por que eles não falaram isto? A pergunta
não foi essa? Não é isso que o Catolicismo responderia hoje? Então como pode o
Catolicismo e a Bíblia falarem a mesma língua? Claramente estão em desarmonia.
A declaração ainda afirma que os sete sacramentos Católicos são
sacramentos da “Nova Aliança”. Será que todos os sacramentos propostos pela
Igreja Católica realmente são ordenanças? Vejamos um a um:
I. O Batismo
Jesus institui o batismo como mandamento à igreja em Mt 28:19; porém, o
batismo que Jesus tinha em mento quando falou isso é diferente do que prega a
Igreja Católica hoje.
Nós Evangélicos entendemos o batismo como um sacramento, mas não como
algo necessário para a salvação.
II. A
Penitência
A Bíblia fala sobre confissão: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1:9);
sobre confessar: “Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos
outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados.” (Tg 5:16),
mas não relaciona a confissão da forma que faz a Igreja Católica. Aliás, o
texto de Tiago 5:16 é usado por muitos católicos para defenderem seu ato de
confissão frente a um sacerdote romano. Porém, Tiago exorta os Cristãos a
confessarem seus pecados para que possa haver a manifestação do poder de Deus,
visto este ser impedido pelo pecado. O próprio texto refuta a ideia romanista
de se confessar somente a um padre. O texto diz “uns aos outros” e
não somente aos padres. Se “uns aos outros” significa só aos padres, então
quando Jesus manda amarmos “uns aos outros” (Jo 13:34) ele referia-se somente
aos padres? Certamente que não, portanto, devemos ser humildes em mostrar aos
outros que também falhamos, e devemos confessar nossas culpas a Deus, que é o
único que pode nos perdoar.
A penitência (também chamada de confissão) não é uma ordenança e muito
menos um sacramento. Confessar os pecados é algo necessário para a salvação
(leia 1Jo 1:9), mas não da forma que o Catolicismo ensina.
III. A Eucaristia
A Eucaristia, de certo modo, está na Bíblia e nós Evangélicos a chamamos
de Santa Ceia. Foi ordenada por Jesus em Lucas 22 e reafirmada por Paulo em sua
epístola aos Coríntios no capítulo 11.
A Santa Ceia é uma ordenança de Deus para a Igreja. Como veremos mais a
frente, a Eucaristia Católica é bem diferente da Ceia apresentada nas páginas
da Bíblia. Resta apenas dizer que ela não tem relação direta com a salvação em
sentido literal. O ladrão na cruz nunca tomou uma Ceia, mas foi salvo (Lc
23:42-43).
IV. A Crisma
Esse “sacramento” não se encontra em lugar nenhum da Bíblia. Um ato
semelhante que vemos na bíblia é a imposição de mãos. Um texto que os Católicos
citam para basearem tal sacramento é o de At 8:14-15, onde os apóstolos Pedro e
João são enviados para Samaria afim de orar pelos samaritanos para que
recebessem o Espírito Santo. Segundo os romanistas, Pedro e João teriam sido
enviados para “confirmarem” o batismo dos samaritanos. O texto não fala que
eles foram confirmar nada, mas apenas orar para que o Espírito Santo viesse
sobre aquelas pessoas. Não vejo nenhuma relação desse ato com a salvação uma
vez que o texto nem seque cita a salvação.
V. O Matrimônio
Foi instituído por Deus no jardim do
Éden (Gn 2:24). Não é necessário para salvação e isto é muito bem claro, uma
vez que o apóstolo Paulo não era casado como ele mesmo afirma: “Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também
os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?” (1Co 9:5).
Paulo ainda diz que Pedro, os irmãos de Jesus e os demais apóstolos eram
casados. Portanto, a condição matrimonial de uma pessoa não interfere em sua
salvação e nem em sua vida Cristã, uma vez que o Matrimônio não é uma
ordenança, pois se fosse, Paulo não poderia ser solteiro, uma vez que estaria
desobedecendo uma ordem divina.
VI. Ordens
Sagradas
Refere-se somente à ordenação ministerial ou sacerdotal na Igreja
Católica (ordenação para Padre, Bispo, Diácono, etc.). Se encontra na Bíblia em
certas passagens (1Tm 3:2,12; Tt 1:5). Não é necessário para a salvação e nem é
uma ordenança.
VII. Unção dos
Enfermos
Esta ordem está na
epístola de Tiago: “Está doente algum de vós? Chame os anciãos da
igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor;”
(Tg 5:14). Aliás, a Igreja Católica utiliza este texto de uma forma totalmente
diferente da que o texto ensina. A Igreja Católica ensina que a Unção dos
Enfermos é para que o enfermo alcance a paz e a salvação em seu leito de morte.
Mas a Bíblia não ensina isso. O texto prossegue dizendo: “e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará;”
(Tg 5:15). A unção de um enfermo é para que ele seja curado e não para seja
salvo.
A Unção dos Enfermos não é necessária à salvação e também não é uma
ordenança.
Sobre os Sacramentos, o Prof. Paulo Cristiano diz:
“Os protestantes admitem que
somente dois sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo: o batismo e a
eucaristia. Martinho Lutero, em sua obra La Cautividad Babilónica, afirma o
direito de todo crente a não sujeitar-se às tradições de homens, e desaprova,
portanto, o sistema sacramentalista do romanismo. Todas as confissões
protestantes demandam a fé ativa como uma condição para a eficácia do
sacramento.”
E termina explicando o verdadeiro significado dos Sacramentos da
Eucaristia e do batismo, segundo ensinam as Sagradas Escrituras:
“O Batismo e a Ceia do Senhor,
chamados simplesmente Ordenanças por uns e Sacramentos por outros, não podem
produzir nenhuma graça por virtude própria; eles somente representam, de forma
bela e impressionante, a redenção efetuada por Cristo, a experiência espiritual
do cristão e sua união pela fé com o Salvador,”
[www.cacp.org.br
– Sacramentos – Origens e Doutrinas]
Os sacramentos, portanto, são representações da obra
vicária de Cristo na cruz e da união espiritual do homem com Deus por meio de
Jesus Cristo. Não são métodos ou ritos para a salvação, mas tão somente
representações dela, instituídos por Cristo e observados pela Igreja Cristã de
forma Bíblica.
O Evangelho tem uma base sólida afirmada na fé em Jesus Cristo e na
observância de suas leis, não de cerimônias e ritos ministrados por um
sacerdote. A salvação está na fé em Jesus e não na observância de certas
doutrinas ou cerimônias litúrgicas. Os sacramentos Católicos não podem produzir
graça de salvação, pois a salvação nos é concedida pelos méritos de Cristo, que
nos oferece livremente tais méritos através de seu grande amor e imensurável
graça e misericórdia (leia Ap 3.20).
Maria e a Salvação
“Esta maternidade de Maria na
economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que ela
fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até a
perpétua consumação de todos os eleitos. Assunta aos céus, não abandonou este
múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os
dons da salvação eterna.”
Catecismo da Igreja
Católica, parágrafo 969
A Igreja Católica, na declaração transcrita acima,
confere à Maria um “múnus de salvação”, isto é, um encargo, um trabalho em prol
da salvação. Seu trabalho é “alcançar-nos os dons da salvação eterna”. Ora,
como ela pode fazer isto? Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm
2:5), assim sendo, ele é o único que pode “alcançar-nos os dons da salvação
eterna”.
A economia (ou administração) da
graça e da salvação pertence a Deus. A Bíblia afirma claramente: “Ao Senhor pertence a salvação.” (Jn 2:9). A Bíblia não
confere à Maria ou a qualquer outra criatura um múnus de salvação, pois este é
totalmente portado por Deus. Jesus afirma: “Eu sou o caminho, e a verdade,
e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14:6). Este é o
único caminho ao Pai, único meio de salvação. Paulo afirma: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus, homem,” (1Tm 2:5). Isto é, a única intercessão pela
salvação do homem que existe é a de Jesus, pois “pode também salvar
perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para
interceder por eles.” (Hb 7:25).
Fica bem claro que Maria não é intercessora entre Deus e os homens
alcançando a salvação para eles, visto Jesus ser o único mediador e o único
caminho entre Deus e os homens. Colocar Maria nesta posição é um grave erro e
uma verdadeira afronta ao Evangelho. Diante disto pergunto: Caro leitor, pode o
Catolicismo estar de acordo com a Bíblia? Se a Bíblia diz que só há um mediador
da Nova Aliança que é Jesus, de onde o Catolicismo tirou que Maria também media
a salvação do homem? Onde a Bíblia afirma que Maria porta um “múnus de
salvação”?
A Plenitude de Meios de Salvação na
Igreja Católica
“Pois somente por meio da Igreja
católica de Cristo, ‘a qual é meio geral de salvação’, pode ser atingida toda a
plenitude dos meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da
Nova Aliança somente ao Colégio Apostólico, do qual Pedro é o chefe, a fim de
constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se
incorporem plenamente todos os que, de que alguma forma, já pertencem ao Povo
de Deus”
Catecismo da
Igreja Católica, parágrafo 816-
citando Concílio Vaticano II, Unitatis Redintegratio, parágrafo 3
citando Concílio Vaticano II, Unitatis Redintegratio, parágrafo 3
“Apoiado na Sagrada Escritura e
na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a
salvação.”
Catecismo da Igreja
Católica, parágrafo 846
A citação
acima (também presente no Concílio Vaticano II) identifica a Igreja Católica
como única portadora dos meios de salvação. Existiria salvação fora da Igreja
Católica Apostólica Romana? Segundo o exposto acima, Não.
A citação do Catecismo diz que a decisão do Concílio está “Apoiada na Sagrada Escritura”. Onde a Sagrada Escritura dá margem para tal ideia? A Bíblia não confere à igreja o poder de salvação, muito menos delimita certa religião para esta função. Quando João vê os salvos no céu o ancião lhe explica que eles foram salvos porque “levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” (Ap 7:14), não porque pertenciam à religião A, B ou C.
A citação do Catecismo diz que a decisão do Concílio está “Apoiada na Sagrada Escritura”. Onde a Sagrada Escritura dá margem para tal ideia? A Bíblia não confere à igreja o poder de salvação, muito menos delimita certa religião para esta função. Quando João vê os salvos no céu o ancião lhe explica que eles foram salvos porque “levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” (Ap 7:14), não porque pertenciam à religião A, B ou C.
A Bíblia diz que a salvação é propiciada pela fé em Jesus Cristo (At
16:31; Ef 2:8-9), o cabeça da igreja. A igreja (corpo de Cristo) não tem poder
para religar o homem a Deus, só Jesus detém este poder de salvação (Jo 14:6; At
4:11; 1Tm 2:5); ele é o Salvador (1Pe 1:11).
O interessante fica por parte da
“plenitude dos meios de salvação”. Aqui, a Igreja Católica retira de Cristo os
dons da salvação e insere em si mesma. Quando diz que somente por meio da igreja Católica de Cristo pode-se obter
plenitude dos meios de salvação é como se estivessem dizendo
que só a Igreja Católica salva, independente da comunhão que uma pessoa possa
ter com Deus.
Desta forma, sem nenhuma base Bíblica para tal afirmação, a Igreja
Católica declara ser a única Igreja de Cristo e único meio de salvação.
Interessante não? Onde na Bíblia Jesus diz que é necessário pertencer a alguma
religião para ser salvo?
Na Bíblia, os apóstolos já tentaram
impor o que a Igreja Católica impõe com esta declaração. Certa vez João disse a
Jesus: “Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios, e nós
lho proibimos, porque não nos seguia.” (Mc 9:38). Perceba que é isso
que a Igreja Católica e tantas outras seitas tentam fazer. No entanto, Jesus
repreendeu tal ideia no meio apostólico: “Não lho proibais; porque
ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim;
pois quem não é contra nós, é por nós.” (Mc 9:39-40). Na verdade
João tinha boas intenções, ele sabia que a salvação era somente por meio de
Jesus, mas errou ao pensar que para estarem com Jesus eles deveriam andar
juntos em um único grupinho. Mais tarde, os apóstolos puderam pregar não uma
mensagem do tipo: “Entrem para o nosso grupinho e sejam salvos”, mas a forte
mensagem da cruz: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado
em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do
Espírito Santo.” (At 2:38).
A salvação (da forma que a Bíblia ensina) não é por meio de religião
alguma. É um erro pensar tal coisa. A salvação nos é oferecida por Jesus
Cristo. Ele morreu na cruz em nosso lugar (Rm 5:8), obtendo ali os méritos da
salvação. Ele nos oferece esta salvação por meio da fé. Senão vejamos:
“Mas, a todos quantos o
receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de
Deus;” (João 1:12)
“Quem crê no Filho tem a vida
eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus.” (João 3:36)
“Declarou-lhe Jesus: Eu sou a
ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá;” (João
11:25)
“Responderam eles: Crê no Senhor
Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16:31)
Além destes, careceria de espaço para listar todos os versos Bíblicos
que falam sobre a salvação pela fé (veja alguns: At 20:21, 26:18; Rm 1:17,
3:28, 15:1; Gl 2:16, 3:22-26). Mas gostaria de destacar dois versículos:
“Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem de obras, para que
ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9)
“Se, com tua boca, confessares
Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9)
Os dois versos afirmam a mesma coisa: a salvação vem pela graça de Deus
mediante a fé em Jesus Cristo como Senhor. Não vem de obras boas ou por nossos
próprios méritos, mas pelos méritos de Cristo e somente dele.
Portanto, a Igreja Católica está extremamente errada em pensar que seus
ritos e suas cerimônias litúrgicas tem poder salvador, pois somente a fé em
Jesus Cristo pode salvar o homem. A Bíblia ensina isso claramente. Agora, onde
a Bíblia ensina que a religião Católica tem poder salvador? Onde a Bíblia diz
que pertencer ao sistema religioso Católico e cumprir seus sacramentos fornece
a salvação ao homem?
Se o caro leitor for Católico,
peço-lhe em nome de Jesus nosso Senhor, que pense e considere estas questões
com muito cuidado e sinceridade, pois a salvação depende de nossa atitude em
relação aos princípios que Deus estabeleceu. Lembre-se que o seu futuro eterno
está à mercê de sua escolha e de seu modo de vida em relação aos princípios de
Deus. Faça a si mesmo esta pergunta: Será que aquilo que creio à respeito da
salvação realmente é a verdade?
Finalmente deixo algumas perguntas para o leitor: Onde a Bíblia ensina que os sacramentos são necessários para a salvação? Se fossem, a Bíblia certamente não confirmaria? Por que os apóstolos não ensinavam que a salvação dependia da observância de tais ritos e cerimônias? Será que a Igreja Católica ensina a verdade?
Finalmente deixo algumas perguntas para o leitor: Onde a Bíblia ensina que os sacramentos são necessários para a salvação? Se fossem, a Bíblia certamente não confirmaria? Por que os apóstolos não ensinavam que a salvação dependia da observância de tais ritos e cerimônias? Será que a Igreja Católica ensina a verdade?
Conclusão
A doutrina Católica sobre a salvação é errônea e não têm bases Bíblicas.
A Bíblia ensina a salvação por meio da fé e a Igreja Católica ensina a salvação
por meio dos sacramentos. Afinal, quem está com a verdade: A eterna palavra de
Deus ou o sistema religioso Católico?
Vimos durante este capítulo que a Igreja Católica ensina o seguinte
sobre os sacramentos em relação à salvação:
·
Existem sete sacramentos;
·
Quatro destes sacramentos não necessários para a salvação;
·
Maria possui encargo de alcançar a salvação para os homens;
·
Só a Igreja Católica possui a plenitude dos meios de salvação
A Igreja Católica exerce um tipo de manipulação sobre seus membros ao
afirmar que só ela (como organização religiosa) possui poder de salvação
completo. Ela impõe isso como forma de prender os fiéis à sua grade
doutrinária. Nós Evangélicos nunca afirmamos que é necessário pertencer a
Igreja Evangélica para ser salvo e qualquer um que faça isso está errado frente
às verdades Bíblicas. O que alguém precisa para ser salvo é crer em Jesus
Cristo e viver de acordo com sua Palavra, nada além disto.
Os sacramentos Católicos não têm poder de salvação. O Batismo e a
Eucaristia – únicos sacramentos ordenados por Jesus – não são necessários para
a salvação e a Bíblia confirma isso claramente. Eles são representações da redenção
feita por Jesus na cruz e da reconciliação do homem com Deus.
Deus nos oferece a salvação pelos
méritos de Jesus, pelos dons de Jesus Cristo. A Bíblia diz que “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”
(Rm 10:13). A Bíblia, como Palavra eterna de Deus, não ensina a necessidade da
observância de sacramentos ou dogmas para a salvação. Portanto, a doutrina dos
sacramentos da Igreja Católica não está de acordo com a Palavra de Deus.
Caro leitor, por que motivo
deveríamos crer em algo que a Bíblia não nos ensina? Não é ela a poderosa e
eterna palavra de Deus? Não é o Evangelho “o poder de Deus para salvação
de todo aquele que crê” (Rm 1:16)? Por que então deveríamos crer em
algo que o Evangelho não nos ensina? Pense sobre estas questões.
Perguntas para meditação:
1. A Bíblia ensina a
existência de sete sacramentos? Ou seriam apenas dois instituídos por Jesus
Cristo?
2. Será que é
necessária a observância de quatro sacramentos para a salvação?
3. Onde a Bíblia
afirma que é necessário observar algum sacramento para ser salvo?
4. Sacramentos são
obras operadas por homens. De acordo com Efésios 2:8-9 a salvação não vem de
obras. Como então os sacramentos tem poder para salvar?
5. Maria é
intercessora pela salvação dos homens? Onde a Bíblia confirma isto?
6. Onde a Bíblia
mostra Maria recebendo múnus de salvação?
7. A Igreja Católica é
a única que oferece plenitude de meios de salvação? A Bíblia ensina isso? Jesus
ensina tal coisa? Então de onde o Catolicismo tirou tal ideia?
8. A Bíblia e
Catolicismo estão de acordo? O Catolicismo está realmente de acordo com a
Palavra de Deus?
Extraído do livro “O Catolicismo Romano e a Bíblia” – Rafael Nogueira
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