quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Os sacramentos e a salvação no Catolicismo.

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito,para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” JOÃO 3.16

Igreja Católica Romana ensina que existem sete sacramentos e que estes se relacionam diretamente com a salvação. Mas o que seria um sacramento? A palavra “Sacramento” vem do latim Sacramentum e significa “alguma coisa separada para um propósito sagrado”. O uso do nome sacramento apareceu pela primeira vez nos
escritos de Tertuliano (Século III), sendo empregado no século seguinte por Jerônimo na vulgata latina traduzindomisterion (mistério) de Efésios 5:32 entre outras passagens do Novo Testamento. No século V esta doutrina foi mais bem formulada e no Concílio Ecumênico de Trento foi oficializada. O compêndio do Catecismo da Igreja Católica define sacramento como “sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina”.
Dentro da doutrina Católica, os sacramentos estão diretamente ligados à salvação e portanto, são extremamente necessários à vida Cristã. Segundo ensina o Catolicismo, uma pessoa que não esteja debaixo dos Sacramentos Católicos está totalmente fora da graça de Deus e provavelmente não alcançará a salvação.
O Catolicismo define os sacramentos como sete: o Batismo, a Crisma (ou confirmação), a Eucaristia, a Penitência (ou confissão), o Matrimônio, as Ordens Sagradas e a Unção dos Enfermos. Dentre estes sete, Igreja Católica define quatro que são necessários para a salvação: o Batismo, a Crisma, a Eucaristia e a Penitência. Uma pessoa que não participe destes quatro Sacramentos (salvo alguns casos tratados de forma diferente pela Igreja) não está apto a receber a salvação.
Nós Evangélicos também cremos que Jesus Cristo deixou ordenanças que devemos observar. Mas não cremos que sejam sete e nem que sejam necessárias para a salvação. Cremos em apenas duas ordenanças: o Batismo e a Ceia (ou Eucaristia). Ambos são ministrados aos membros de determinada congregação como ordenanças necessárias à vida Cristã que nos trazem bênçãos espirituais e nos colocam debaixo da vontade de Deus, mas não são necessários à salvação, como cremos que a Bíblia ensina.
Neste capítulo, iremos analisar a doutrina da salvação dentro do Catolicismo respondendo a uma grande pergunta: O que é necessário para alcançar a salvação? Creio que responderemos a esta pergunta da forma que a Bíblia nos ensina, com toda a aprovação das Escrituras e do nosso poderoso e eterno Deus.

Os Sacramentos são Necessários para a Salvação
A Igreja afirma que, para os crentes, os sacramentos da Nova Aliança são necessários para a salvação (46).”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1129
    A declaração acima afirma que os sacramentos são necessários para a salvação. Na verdade, somente os quatro principais são considerados necessários, os demais não. No entanto, o que a Bíblia afirma a respeito deste assunto? A Bíblia afirma que algum sacramento é necessário para a salvação?
A Salvação vem pela fé (Rm 15:1; Ef 2:8-9), ou seja, o crer em Jesus Cristo (Mc 16:16; At 16:31) é quem salva e não o ato de receber a imposição de mãos de um bispo ou confessar seus pecados a um padre. A Bíblia pode até falar de tais “Sacramentos” (não da forma que vemos no Catolicismo é claro), mas nunca os relaciona com a salvação. O caso mais claro na Bíblia é o do carcereiro em Atos 16. Quando ele pergunta para Paulo e Silas: “Senhores, que me é necessário fazer para me salvar?” (At 16:30).  Eles respondem: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (At 16:31). Nem Paulo, nem Silas sequer citaram algum sacramento. A pergunta foi direta e objetiva, o carcereiro queria realmente ser salvo e estava disposto a acatar o que viesse, portanto, podemos concluir que o que Paulo e Silas responderam é mesmo verdade absoluta. Se fosse necessário crer em algum tipo de sacramento, Paulo não o teria dito? Silas não poderia ter dito: “Primeiro você deve ser batizado, depois você deve confessar seus pecados ao irmão Paulo etc.” ? Por que eles não falaram isto? A pergunta não foi essa? Não é isso que o Catolicismo responderia hoje? Então como pode o Catolicismo e a Bíblia falarem a mesma língua? Claramente estão em desarmonia.
A declaração ainda afirma que os sete sacramentos Católicos são sacramentos da “Nova Aliança”. Será que todos os sacramentos propostos pela Igreja Católica realmente são ordenanças? Vejamos um a um:

       I.            O Batismo
Jesus institui o batismo como mandamento à igreja em Mt 28:19; porém, o batismo que Jesus tinha em mento quando falou isso é diferente do que prega a Igreja Católica hoje.
Nós Evangélicos entendemos o batismo como um sacramento, mas não como algo necessário para a salvação.

    II.            A Penitência
A Bíblia fala sobre confissão: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1Jo 1:9); sobre confessar: “Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados.” (Tg 5:16), mas não relaciona a confissão da forma que faz a Igreja Católica. Aliás, o texto de Tiago 5:16 é usado por muitos católicos para defenderem seu ato de confissão frente a um sacerdote romano. Porém, Tiago exorta os Cristãos a confessarem seus pecados para que possa haver a manifestação do poder de Deus, visto este ser impedido pelo pecado. O próprio texto refuta a ideia romanista de se confessar somente a um padre. O texto diz “uns aos outros” e não somente aos padres. Se “uns aos outros” significa só aos padres, então quando Jesus manda amarmos “uns aos outros” (Jo 13:34) ele referia-se somente aos padres? Certamente que não, portanto, devemos ser humildes em mostrar aos outros que também falhamos, e devemos confessar nossas culpas a Deus, que é o único que pode nos perdoar.
A penitência (também chamada de confissão) não é uma ordenança e muito menos um sacramento. Confessar os pecados é algo necessário para a salvação (leia 1Jo 1:9), mas não da forma que o Catolicismo ensina.

 III.            A Eucaristia
A Eucaristia, de certo modo, está na Bíblia e nós Evangélicos a chamamos de Santa Ceia. Foi ordenada por Jesus em Lucas 22 e reafirmada por Paulo em sua epístola aos Coríntios no capítulo 11.
A Santa Ceia é uma ordenança de Deus para a Igreja. Como veremos mais a frente, a Eucaristia Católica é bem diferente da Ceia apresentada nas páginas da Bíblia. Resta apenas dizer que ela não tem relação direta com a salvação em sentido literal. O ladrão na cruz nunca tomou uma Ceia, mas foi salvo (Lc 23:42-43).

  IV.            A Crisma
Esse “sacramento” não se encontra em lugar nenhum da Bíblia. Um ato semelhante que vemos na bíblia é a imposição de mãos. Um texto que os Católicos citam para basearem tal sacramento é o de At 8:14-15, onde os apóstolos Pedro e João são enviados para Samaria afim de orar pelos samaritanos para que recebessem o Espírito Santo. Segundo os romanistas, Pedro e João teriam sido enviados para “confirmarem” o batismo dos samaritanos. O texto não fala que eles foram confirmar nada, mas apenas orar para que o Espírito Santo viesse sobre aquelas pessoas. Não vejo nenhuma relação desse ato com a salvação uma vez que o texto nem seque cita a salvação.

     V.            O Matrimônio
Foi instituído por Deus no jardim do Éden (Gn 2:24). Não é necessário para salvação e isto é muito bem claro, uma vez que o apóstolo Paulo não era casado como ele mesmo afirma: “Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?” (1Co 9:5). Paulo ainda diz que Pedro, os irmãos de Jesus e os demais apóstolos eram casados. Portanto, a condição matrimonial de uma pessoa não interfere em sua salvação e nem em sua vida Cristã, uma vez que o Matrimônio não é uma ordenança, pois se fosse, Paulo não poderia ser solteiro, uma vez que estaria desobedecendo uma ordem divina.

  VI.            Ordens Sagradas
Refere-se somente à ordenação ministerial ou sacerdotal na Igreja Católica (ordenação para Padre, Bispo, Diácono, etc.). Se encontra na Bíblia em certas passagens (1Tm 3:2,12; Tt 1:5). Não é necessário para a salvação e nem é uma ordenança.

VII.            Unção dos Enfermos
    Esta ordem está na epístola de Tiago: “Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor;” (Tg 5:14). Aliás, a Igreja Católica utiliza este texto de uma forma totalmente diferente da que o texto ensina. A Igreja Católica ensina que a Unção dos Enfermos é para que o enfermo alcance a paz e a salvação em seu leito de morte. Mas a Bíblia não ensina isso. O texto prossegue dizendo: “e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará;” (Tg 5:15). A unção de um enfermo é para que ele seja curado e não para seja salvo.
A Unção dos Enfermos não é necessária à salvação e também não é uma ordenança.
Sobre os Sacramentos, o Prof. Paulo Cristiano diz:
Os protestantes admitem que somente dois sacramentos foram instituídos por Jesus Cristo: o batismo e a eucaristia. Martinho Lutero, em sua obra La Cautividad Babilónica, afirma o direito de todo crente a não sujeitar-se às tradições de homens, e desaprova, portanto, o sistema sacramentalista do romanismo. Todas as confissões protestantes demandam a fé ativa como uma condição para a eficácia do sacramento.
E termina explicando o verdadeiro significado dos Sacramentos da Eucaristia e do batismo, segundo ensinam as Sagradas Escrituras:
O Batismo e a Ceia do Senhor, chamados simplesmente Ordenanças por uns e Sacramentos por outros, não podem produzir nenhuma graça por virtude própria; eles somente representam, de forma bela e impressionante, a redenção efetuada por Cristo, a experiência espiritual do cristão e sua união pela fé com o Salvador,
[www.cacp.org.br – Sacramentos – Origens e Doutrinas]
    Os sacramentos, portanto, são representações da obra vicária de Cristo na cruz e da união espiritual do homem com Deus por meio de Jesus Cristo. Não são métodos ou ritos para a salvação, mas tão somente representações dela, instituídos por Cristo e observados pela Igreja Cristã de forma Bíblica.
O Evangelho tem uma base sólida afirmada na fé em Jesus Cristo e na observância de suas leis, não de cerimônias e ritos ministrados por um sacerdote. A salvação está na fé em Jesus e não na observância de certas doutrinas ou cerimônias litúrgicas. Os sacramentos Católicos não podem produzir graça de salvação, pois a salvação nos é concedida pelos méritos de Cristo, que nos oferece livremente tais méritos através de seu grande amor e imensurável graça e misericórdia (leia Ap 3.20).

 Maria e a Salvação
Esta maternidade de Maria na economia da graça perdura ininterruptamente, a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até a perpétua consumação de todos os eleitos. Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 969
    A Igreja Católica, na declaração transcrita acima, confere à Maria um “múnus de salvação”, isto é, um encargo, um trabalho em prol da salvação. Seu trabalho é “alcançar-nos os dons da salvação eterna”. Ora, como ela pode fazer isto? Jesus é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2:5), assim sendo, ele é o único que pode “alcançar-nos os dons da salvação eterna”.
A economia (ou administração) da graça e da salvação pertence a Deus. A Bíblia afirma claramente: “Ao Senhor pertence a salvação.” (Jn 2:9). A Bíblia não confere à Maria ou a qualquer outra criatura um múnus de salvação, pois este é totalmente portado por Deus. Jesus afirma: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14:6). Este é o único caminho ao Pai, único meio de salvação. Paulo afirma: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem,” (1Tm 2:5). Isto é, a única intercessão pela salvação do homem que existe é a de Jesus, pois “pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles.” (Hb 7:25).
Fica bem claro que Maria não é intercessora entre Deus e os homens alcançando a salvação para eles, visto Jesus ser o único mediador e o único caminho entre Deus e os homens. Colocar Maria nesta posição é um grave erro e uma verdadeira afronta ao Evangelho. Diante disto pergunto: Caro leitor, pode o Catolicismo estar de acordo com a Bíblia? Se a Bíblia diz que só há um mediador da Nova Aliança que é Jesus, de onde o Catolicismo tirou que Maria também media a salvação do homem? Onde a Bíblia afirma que Maria porta um “múnus de salvação”?

A Plenitude de Meios de Salvação na Igreja Católica
Pois somente por meio da Igreja católica de Cristo, ‘a qual é meio geral de salvação’, pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao Colégio Apostólico, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de que alguma forma, já pertencem ao Povo de Deus
 Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 816-
citando Concílio Vaticano II, Unitatis Redintegratio, parágrafo 3
Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 846

     A citação acima (também presente no Concílio Vaticano II) identifica a Igreja Católica como única portadora dos meios de salvação. Existiria salvação fora da Igreja Católica Apostólica Romana? Segundo o exposto acima, Não.
A citação do Catecismo diz que a decisão do Concílio está “Apoiada na Sagrada Escritura”. Onde a Sagrada Escritura dá margem para tal ideia? A Bíblia não confere à igreja o poder de salvação, muito menos delimita certa religião para esta função. Quando João vê os salvos no céu o ancião lhe explica que eles foram salvos porque “levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.” (Ap 7:14), não porque pertenciam à religião A, B ou C.
A Bíblia diz que a salvação é propiciada pela fé em Jesus Cristo (At 16:31; Ef 2:8-9), o cabeça da igreja. A igreja (corpo de Cristo) não tem poder para religar o homem a Deus, só Jesus detém este poder de salvação (Jo 14:6; At 4:11; 1Tm 2:5); ele é o Salvador (1Pe 1:11).
O interessante fica por parte da “plenitude dos meios de salvação”. Aqui, a Igreja Católica retira de Cristo os dons da salvação e insere em si mesma. Quando diz que somente por meio da igreja Católica de Cristo pode-se obter plenitude dos meios de salvação é como se estivessem dizendo que só a Igreja Católica salva, independente da comunhão que uma pessoa possa ter com Deus.
Desta forma, sem nenhuma base Bíblica para tal afirmação, a Igreja Católica declara ser a única Igreja de Cristo e único meio de salvação. Interessante não? Onde na Bíblia Jesus diz que é necessário pertencer a alguma religião para ser salvo?
Na Bíblia, os apóstolos já tentaram impor o que a Igreja Católica impõe com esta declaração. Certa vez João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios, e nós lho proibimos, porque não nos seguia.” (Mc 9:38). Perceba que é isso que a Igreja Católica e tantas outras seitas tentam fazer. No entanto, Jesus repreendeu tal ideia no meio apostólico: “Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim; pois quem não é contra nós, é por nós.” (Mc 9:39-40). Na verdade João tinha boas intenções, ele sabia que a salvação era somente por meio de Jesus, mas errou ao pensar que para estarem com Jesus eles deveriam andar juntos em um único grupinho. Mais tarde, os apóstolos puderam pregar não uma mensagem do tipo: “Entrem para o nosso grupinho e sejam salvos”, mas a forte mensagem da cruz: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2:38).
A salvação (da forma que a Bíblia ensina) não é por meio de religião alguma. É um erro pensar tal coisa. A salvação nos é oferecida por Jesus Cristo. Ele morreu na cruz em nosso lugar (Rm 5:8), obtendo ali os méritos da salvação. Ele nos oferece esta salvação por meio da fé. Senão vejamos:
Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;” (João 1:12)
Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (João 3:36)
Declarou-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá;” (João 11:25)
Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” (Atos 16:31)
Além destes, careceria de espaço para listar todos os versos Bíblicos que falam sobre a salvação pela fé (veja alguns: At 20:21, 26:18; Rm 1:17, 3:28, 15:1;  Gl 2:16, 3:22-26). Mas gostaria de destacar dois versículos:
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9)
Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” (Romanos 10:9)
Os dois versos afirmam a mesma coisa: a salvação vem pela graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo como Senhor. Não vem de obras boas ou por nossos próprios méritos, mas pelos méritos de Cristo e somente dele.
Portanto, a Igreja Católica está extremamente errada em pensar que seus ritos e suas cerimônias litúrgicas tem poder salvador, pois somente a fé em Jesus Cristo pode salvar o homem. A Bíblia ensina isso claramente. Agora, onde a Bíblia ensina que a religião Católica tem poder salvador? Onde a Bíblia diz que pertencer ao sistema religioso Católico e cumprir seus sacramentos fornece a salvação ao homem?
Se o caro leitor for Católico, peço-lhe em nome de Jesus nosso Senhor, que pense e considere estas questões com muito cuidado e sinceridade, pois a salvação depende de nossa atitude em relação aos princípios que Deus estabeleceu. Lembre-se que o seu futuro eterno está à mercê de sua escolha e de seu modo de vida em relação aos princípios de Deus. Faça a si mesmo esta pergunta: Será que aquilo que creio à respeito da salvação realmente é a verdade?
Finalmente deixo algumas perguntas para o leitor: Onde a Bíblia ensina que os sacramentos são necessários para a salvação? Se fossem, a Bíblia certamente não confirmaria? Por que os apóstolos não ensinavam que a salvação dependia da observância de tais ritos e cerimônias? Será que a Igreja Católica ensina a verdade?


Conclusão
A doutrina Católica sobre a salvação é errônea e não têm bases Bíblicas. A Bíblia ensina a salvação por meio da fé e a Igreja Católica ensina a salvação por meio dos sacramentos. Afinal, quem está com a verdade: A eterna palavra de Deus ou o sistema religioso Católico?
Vimos durante este capítulo que a Igreja Católica ensina o seguinte sobre os sacramentos em relação à salvação:
·         Existem sete sacramentos;
·         Quatro destes sacramentos não necessários para a salvação;
·         Maria possui encargo de alcançar a salvação para os homens;
·         Só a Igreja Católica possui a plenitude dos meios de salvação
A Igreja Católica exerce um tipo de manipulação sobre seus membros ao afirmar que só ela (como organização religiosa) possui poder de salvação completo. Ela impõe isso como forma de prender os fiéis à sua grade doutrinária. Nós Evangélicos nunca afirmamos que é necessário pertencer a Igreja Evangélica para ser salvo e qualquer um que faça isso está errado frente às verdades Bíblicas. O que alguém precisa para ser salvo é crer em Jesus Cristo e viver de acordo com sua Palavra, nada além disto.
Os sacramentos Católicos não têm poder de salvação. O Batismo e a Eucaristia – únicos sacramentos ordenados por Jesus – não são necessários para a salvação e a Bíblia confirma isso claramente. Eles são representações da redenção feita por Jesus na cruz e da reconciliação do homem com Deus.
Deus nos oferece a salvação pelos méritos de Jesus, pelos dons de Jesus Cristo. A Bíblia diz que “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10:13). A Bíblia, como Palavra eterna de Deus, não ensina a necessidade da observância de sacramentos ou dogmas para a salvação. Portanto, a doutrina dos sacramentos da Igreja Católica não está de acordo com a Palavra de Deus.
Caro leitor, por que motivo deveríamos crer em algo que a Bíblia não nos ensina? Não é ela a poderosa e eterna palavra de Deus? Não é o Evangelho “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1:16)? Por que então deveríamos crer em algo que o Evangelho não nos ensina? Pense sobre estas questões.

Perguntas para meditação:
1.      A Bíblia ensina a existência de sete sacramentos? Ou seriam apenas dois instituídos por Jesus Cristo?
2.      Será que é necessária a observância de quatro sacramentos para a salvação?
3.      Onde a Bíblia afirma que é necessário observar algum sacramento para ser salvo?
4.      Sacramentos são obras operadas por homens. De acordo com Efésios 2:8-9 a salvação não vem de obras. Como então os sacramentos tem poder para salvar?
5.      Maria é intercessora pela salvação dos homens? Onde a Bíblia confirma isto?
6.      Onde a Bíblia mostra Maria recebendo múnus de salvação?
7.      A Igreja Católica é a única que oferece plenitude de meios de salvação? A Bíblia ensina isso? Jesus ensina tal coisa? Então de onde o Catolicismo tirou tal ideia?
8.      A Bíblia e Catolicismo estão de acordo? O Catolicismo está realmente de acordo com a Palavra de Deus?

Extraído do livro “O Catolicismo Romano e a Bíblia” – Rafael Nogueira

Nenhum comentário:

Postar um comentário