terça-feira, 20 de agosto de 2013

Fiéis se reúnem para fazer preces em frente a árvore que “chora lágrimas de Deus”.

A busca por sinais milagrosos da presença de Deus está levando fiéis a se reunirem em frente a uma árvore, na cidade de Fresno, estado da Califórnia, Estados Unidos.
A árvore fica em frente à Catedral St. John, no centro da cidade, e está se tornando conhecida entre os católicos da região, devido a um líquido que desce pelo tronco.
Os devotos acreditam que esse líquido sejam “lágrimas de Deus”, devido a uma crença de que ao exaltar o Criador, a árvore verta as “lágrimas” com mais intensidade.
“Quando você diz ‘Glória a Deus em nome de Jesus’ a árvore começa a liberar mais água”, afirmou a fiel Maria Ybarra, numa entrevista à KGPE, emissora de TV afiliada da rede CBS.
Segundo o site Page Not Found, um especialista em árvores explicou o fenômeno: “Os afídeos (insetos) sugam a seiva a árvore e eles liberam excremento”, explicou, frustrando alguns fiéis que acreditavam estar frente às lágrimas de Deus.

Por Tiago Chagas,

Grifo meu:

ACORDO POVO CATÓLICO DO ENGANO DA SUA IGREJA.


Católicos invocam mais a Maria do que a Jesus.

Católicos invocam mais a Maria do que a Jesus, diz articulista de jornal, sobre divergências teológicas com evangélicos.
Uma das principais fontes de debate e divergência teológica entre católicos e protestantes é o status de intermediadora dado pela igreja romana a Maria, mãe de Jesus. Para católicos, a virgem foi arrebatada aos céus em carne e osso, e intercede pelos seguidores; Para protestantes, Maria é uma importante e admirada figura bíblica.
Aldo Pereira, 80 anos, colaborador da Folha de S. Paulo, publicou um artigo sobre o assunto, e fez comparações entre as posturas adotadas por católicos e protestantes a respeito do tema.
Seu texto se inicia com uma constatação: no terço católico há “106 invocações mântricas de Maria (duas em cada ave-maria), mais uma referência na salve-rainha e outra no credo”, e cita que em comparação, o mesmo terço “menciona o nome de Jesus 55 vezes: uma em cada ave-maria, uma no credo e outra na salve-rainha” e “invoca Deus uma única vez, no pai-nosso”.
Pereira diz que o ponto de discórdia está na adoração à mãe de Jesus: “Protestantes veneram Maria (até muçulmanos a reverenciam), mas reprovam ‘mariolatria’. Como outros não-católicos, objetam que a Bíblia não menciona Assunção”, escreveu, referindo-se à crença de que ela teria sido arrebatada. “[Os protestantes] condenam como fetichismo idólatra o enlevo do papa ao beijar imagem esculpida de Maria em Aparecida no mês passado”, afirma.
Citando dados históricos da Igreja Católica, Pereira afirma que a ênfase dada à mãe de Jesus surgiu de uma busca do Vaticano por tornar a religião simpática a outros povos não cristãos: “Maria pode ter ganhado proeminência hagiográfica a partir do século 4 por facilitar a conversão de pagãos mediante incorporação sincrética de elementos de outros credos no cristianismo, e vice-versa. Muitos pagãos cultuavam deusas-mães”, contextualiza. “Representações de Ísis amamentando Horus bebê inspirariam madonas lactantes na pintura renascentista”, exemplifica o colaborador da Folha.
Ele encaminha seu texto dizendo que os “teólogos protestantes argumentam que o clero católico confere status de divindades menores a Maria e outros santos (quase 8.000) quando lhes atribui milagres”, e que a “deificação de Maria [...] viola o preceito monoteísta das religiões abraâmicas”. O colaborador ainda menciona que a resposta dos católicos a tais críticas é que eles “reverenciam Maria como santa, mas não a adoram como deusa”.
Outro ponto de divergência teológica está na virgindade da mãe de Jesus, diz Pereira: “A Bíblia faz menção explícita a irmãos de Jesus. Mateus 13:55-56 e Marcos 6:3 nomeiam quatro, enquanto Mateus 12:46, Marcos 3:32 e Atos 1:14 referem outros. Segundo Mateus 1:18-25, José não ‘conheceu’ Maria antes de ela ter tido o primeiro filho, o que sugere que ele a ‘conheceu’ depois”. O colaborador no entanto, pondera que “para a Igreja [Católica], tal entendimento configura audaciosa blasfêmia, pois o Primeiro Concílio de Latrão (649) reafirmou a virgindade de Maria ‘ante partum’, ‘in partu’ e ‘post partum’. ‘Irmãos’ de Jesus? A apologética assegura haver aí mera referência figurada a ‘primos’ ou ‘parentes’”, conclui Aldo Pereira.
Por Tiago Chagas


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O PAPA E OS GAYS.


Você que ficou impressionado com a fala mansa do Papa Francisco imitando a forma de agir do Papa João Paulo II. 

Ele com sua fala macia deixou todos aos seus pés admirados.
Ninguém que estava lá conseguiria sequer olhar para o alto na vertical onde está o trono de Deus, mas olhava no sentido horizontal para a pessoa do papa. Vi pessoas chorando totalmente emocionadas hipnotizadas olhando para ele que perecia um deus no meio do povo que o seguia como que a ultima salvação da terra.

Mas e se ele não agisse assim...
E se ele agisse de forma dura com os pecadores e se ele falasse sobre arrependimento como Jesus e João Batista que teve coragem de confrontar a mulher de Herodes e chamá-la de adúltera?

A intenção aqui é falar sobre a falsa humildade do papa enganador e falso humilde. Nenhuma vez o vi falar de arrependimento ao povo.
Ele repetia inúmeras frases de Jesus referindo-se a si próprio.
Não o vi ler a Bíblia e citar um só versículo dela e dizer ao povo: “Está escrito na Bíblia, gente leiam!” – Para nós evangélicos ele se mostrou condescendente com os hábitos pecaminosos do povo e pegou leve com pecadores em geral.

Até mesmo com os gays. Ele disse: "A igreja não pode excluí-los. Se uma pessoa é gay e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-lo? "
Para Francisco, caso não saiba, não somos nós que julgamos os pecadores, é a Bíblia, é Deus quem julga e ela já julgou os pecadores, todos já foram julgados, se não se converterem e se arrependerem serão condenados ao inferno.
O Papa perdeu uma oportunidade de dizer ao mundo um texto que está na Bíblia que diz: "Deus ama o pecador e odeia o pecado!" não é dizer: "Quem sou eu para julgá-los?"
Afinal quem ele pensa que é Deus para poder julgar ou absorver?
Ele deveria dizer:
Se, arrependerem e aceitarem Jesus como Senhor e salvador serão salvos, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.
Isso ao Papa Francisco não falou e falou de boa vontade...o que ele quis dizer com isso? Boa vontade não salva e sim arrependimento.

A igreja católica agora é uma igreja inclusiva como aquelas que aceitam homossexuais...
Mas ela já era assim antes e agora só assumiu.

Agora vejamos como deve ser a postura de um homem enviado por Deus:
O Jesus verdadeiro não era alguém com falsa humildade, com estola engomada e modos gentis; ele era um Homem corajoso e incorruptível, que desafiava regularmente os padrões politicamente correto.
Considere o relato do ministério público de Jesus apresentado no Novo Testamento.
A primeira palavra de seu primeiro sermão foi "Arrependam-se!" – um tema que não era mais bem-vindo e menos incômodo do que é hoje.
O primeiro ato de seu ministério público deu início a uma pequena desordem.
Ele fez um chicote de cordas e perseguiu os cambistas e mercadores de animais pelos pátios do Templo.
Isto iniciou um conflito de três anos com os líderes religiosos mais distintos da sociedade.
No final, eles o entregaram às autoridades romanas para crucificação, enquanto multidões de leigos aplaudiam.
Quem quer se entregar para ser crucificado? Preferem alisar os pecados do povo e ter sua admiração.

Uma coisa em que o ministério moderno falha é um entendimento apropriado sobre o papel das controvérsias. O objetivo número um da maioria dos ministérios é evitar conflitos o máximo possível.
Isso até é positivo; com toda certeza não devemos ser conflituosos. Contudo, existe lugar certo para debate e discordância – exemplificado pelo próprio Jesus no evangelho de João.
De fato, se um ministério não tem nenhum conflito, alguém poderia perguntar se ele está realmente apresentando a mesma mensagem que Jesus apresentou.
O servo não é maior do que seu mestre.
Eles querem ser maior que Jesus fazendo-se mansos perante a opinião pública para ganhar a maioria. Preferem perder a amizade de Deus que a do povo... Afinal a alegria a amizade do povo é que conta.
Não vamos confrontá-los com seus pecadinhos prediletos. Deixa o povo se divertir porque amanhã morreremos mesmo e nem temos certeza se existe mesmo esse tal juízo final que a bíblia tanto fala.

O que o povo precisa saber sobre um servo de Deus:
1- Não confundir falsa humildade com santidade;
2- Não confundir covardia com mansidão;
3- Não confundir ousadia e intrepidez com arrogância e intolerância;
4- Não confundir covardia com tolerância;
5- Não confundir omissão com sabedoria;
6- Não confundir intolerância ao pecado com omissão;
7- Não confundir prazer nas fraquezas com prazer na soberba;
8- Não confundir machismo com governo e liderança masculina, porque toda religião que não aceita a liderança feminina é machista e ditatorial.

Por Pastora Wilma Ribeiro

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Reverendo cita cinco pontos que o papa precisa mudar na Igreja Católica.

O texto foi escrito diante do desejo de proclamar a Palavra de Deus expressado pelo líder católico.

Em uma ministração realizada na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro neste último domingo (28), o reverendo Solano Portela comentou sobre as mudanças que o Papa Francisco tem feito na Igreja Católica e questionou se o novo líder estará disposto fazer todas as reformulações que a igreja está precisando.

O pastor presbiteriano listou cinco pontos que o Papa deveria mudar, a começar pela rejeição dos livros apócrifos. Ele lembra que o Antigo Testamento é formado apenas pelo Pentateuco, livros históricos e proféticos e livros poéticos somando 39 livros.

“Evangélicos e católicos concordam quanto aos 27 livros do Novo Testamento, mas essas adições à Palavra são responsáveis pela introdução de diversas doutrinas estranhas, que nunca foram ensinadas ou abraçadas por Jesus e pelos apóstolos”, escreveu Portela.

Outro ponto que, na visão do pastor, o papa deveria considerar é rejeitar os mediadores. “Não acatar a mediação de Maria, e muito menos a designação dela como co-redentora, lembrando que o ensino da Palavra é o de que ‘há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem’”.

Em seguida Francisco precisaria rejeitar as imagens e acabar com a veneração a santos. Solano Portela lembra que a Bíblia condena a prática, portanto, se a Igreja Católica pretende proclamar a Palavra, ela terá que abandonar tal prática.

A doutrina do purgatório seria outro ensinamento católico que precisa ser refutado. Ela “não tem base bíblica e surgiu exatamente dos livros conhecidos como apócrifos”, disse o reverendo presbiteriano.

“Jesus e a Bíblia ensinam que existem apenas dois destinos que esperam as pessoas, após a morte: Estar na glória com o Criador – salvos pela graça infinita de Deus (Lucas 23.43 – ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso’ – e Atos 15.11 – ‘fomos salvos pela graça do Senhor Jesus’), ou na morte eterna (Mateus 23.33 – ‘Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?’), como consequência dos nossos próprios pecados.”


Por último, Jorge Bergoglio precisaria rejeitar as rezas e ensinar os fiéis a se dirigirem ao Pai como Jesus Cristo ensinou. O pastor acredita que a ‘ficha’ ainda não caiu para a Igreja Católica quando o assunto é falar com Deus. Para ele as rezas, rosários, novenas e etc. são mantras religiosos, repetições que o próprio Cristo fez declarações contrárias.

Fonte: Gospel Prime

O papa Francisco errou: Muito carisma e pouca mudança.

“Bem- aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova”. (Romanos 14.22)

Na postagem anterior, falei sobre a manifestação das “vadias” que vilipendiaram objetos religiosos em plena avenida durante a visita do papa Francisco e não receberam qualquer punição. Pois bem, isto é fato, assim como é fato que não acredito na proposta do papa como reformista católico, por não acreditar que ele tenha a intenção de converter a instituição ao qual preside em uma igreja cristocêntrica. É isto: não existe reforma na Igreja Católica até que haja uma reforma teológica de seus ensinos e práticas. Mas isso não é nenhuma novidade, há anos segue-se a linha do liberalismo teológico na instituição.

E enquanto analistas afirmam que a proximidade da liderança católica com o povo poderá mudar a linha de crescimento religioso, tirando os evangélicos da ponta, como os que mais crescem no país, eu avalio que enquanto a Igreja Católica seguir esta linha teológica estará fadada ao fracasso.

Antes que prossiga: os leitores — católicos, evangélicos, agnósticos, ateus etc. — conhecem a minha opinião: O que não está na Bíblia, cristianismo não é. E ponto! Pode parecer tautológico, mas igreja cristã só é cristã se seguir os ensinamentos de Cristo, coisa que há tempos a Igreja Católica não faz. Começando pela própria leitura da Bíblia, os líderes católicos não motivam os fiéis a lerem o Livro Sagrada.

Vamos ver: alguém pode ser, por exemplo, espirita e não acreditar nas doutrinas de Alan Kardec. Mas, por outro lado, nenhum kardecista pode declarar-se discípulo de Alan Kardec se não estuda seus ensinamentos. Ou: alguém pode declarar-se do Islã sem ler o Alcorão? Ou ainda: alguém pode declarar-se budista sem acreditar em Buda? Logo, alguém que se declara cristão e não segue os ensinamentos de Cristo, pode até ser católico, mas não cristão. Destaco alguns das dezenas de ensinos que careceriam de uma mudança urgente para a Igreja Católica voltar a ser uma Igreja Cristocêntrica:

A Mediação
Sim, é aceitável que o pontífice católico tem carisma e uma humildade que não se vê entre muitos, mas isso não muda nada, pois quando os valores morais da igreja são confrontados com os ensinamentos da Bíblia torna-se nula qualquer ato de caridade ou bondade. Volto ao ponto.

Maria, como dizem os líderes católicos, não tem qualquer função de mediação entre o homem e Deus. A Bíblia é bem clara: “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2.5).

É evidente que o papa é um representante de uma instituição, mas não a expressão necessária da vontade de cada católico ou de milhares deles. Mas não se concebe, uma vez que a ideologia da igreja torna-se herege, que as pessoas sejam obrigadas a continuar no erro porque o papa não tem coragem de dizer que isso ou aquilo é errado.

A homossexualidade é pecado
Por exemplo, a questão gay, talvez a mais debatida nos últimos anos entre líderes de diversas crenças. Não se concebe que o líder católico titubeie sobre o tema por não ter coragem de contrariar – neste caso não a maioria, mas a minoria – para não queimar o filme: a prática homossexual é pecado. Não tem conversa! A Bíblia é clara: “Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro” (Romanos 1:26-27).
Assim, que fique claro: A Bíblia é o manual dos cristãos e sendo assim, o que ela diz que é pecado, é pecado. Ninguém representa, sozinho, o cristianismo. O obvio: o cristianismo é Cristo e Ele mesmo se representa pela Sua Palavra.

Minha intenção não é criar polêmica porque essa não é a meu propósito. Mas fazer apologia, esclarecendo o que é e o que não é cristianismo. Nem tenho a intenção de apontar os erros e acertos do papa, pois no meu ponto de vista ele já está errado por permanecer em práticas anti bíblicas e instruir os fiéis a seguir suas práticas. Mas como líder cristão que sou, devo alertar para as heresias nos ensinamentos católicos. Repito: igreja cristocêntrica segue Cristo, não outro líder.

A Idolatria e o culto a imagens
Quanto ao culto a imagens não precisava citar mais de um versículo da Bíblia, apenas este: “Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o SENHOR vosso Deus.” (Levítico 26.1). Quer mais: “Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.” (Mateus 4.10).

Quem sabe ler direitinho já entendeu que a frase “não fareis para vós ídolos” é essencialmente um mandamento contra a idolatria. Não só a idolatria a imagens – prática comum entre os católicos – mas a adoração a personalidades, a pessoas, a artistas, a líderes religiosos, etc.

No que concerne à mera encarnação da vontade dos indivíduos, querendo o povo ou não, adoração de imagens é pecado condenado pela Bíblia e a adoração a outro que não seja Deus é condenada por Cristo.

O Purgatório
Por fim, o falso ensinamento de que existe uma “segunda chance”, pós-morte, para os indivíduos que não forem salvos, é mais um falso ensinamento que deve ser rejeitado por Francisco se ele deseja realmente converter o catolicismo em uma crença cristocêntrica.

Por mais chocante e estúpido que seja um conteúdo ou outro – e me refiro a todos, já que os citados aqui são apenas alguns – não existe maior arrepio do que este: a esperança de que o pecador pode permanecer no pecado pois terá uma segunda chance após a morte. Mentira! O que Cristo ensina é que existe apenas dois destinos: céu ou inferno. Não existe um purgatório.


Mas cumpre notar: Francisco não corrigiu nenhum destes erros doutrinários, não citou qualquer referência bíblica ou condenou qualquer prática.

Encerro asseverando a máxima: “Todo cristão deve ser conservador e radical, conservador na preservação da fé e radical na sua aplicação – John Stott”.

Tenho Dito.


Abner Ferreira

quarta-feira, 31 de julho de 2013

ORAÇÃO MODELO

Oração Modelo

Muitas orações são feitas, mas nem todas são boas e eficazes.

Jesus ensinou aos discípulos uma oração que serviria como exemplo e não como reza (Mt 6.9-13). Disse o Mestre: “Portanto, vós orareis assim…” Ele estava certo de que os discípulos fariam orações. Havia uma expectativa em sua fala. Com isso entendemos que a oração é importante e necessária como ato que demonstra nossa dependência de Deus. Se o próprio Jesus orava, quanto mais nós devemos fazê-lo. A oração modelo foi uma aula para os discípulos. Nela aprendemos diversos princípios que devem orientar nosso modo de orar e, sobretudo, de viver.


Ao dizer “VÓS ORAREIS ASSIM”, Jesus ensinou uma oração que ele mesmo não faria na íntegra, pois nunca precisaria pedir perdão por suas próprias ofensas. Ao dizer, “vós orareis assim”, Jesus estava estabelecendo um contraste entre a oração dos discípulos e a oração dos fariseus mencionada desde o início daquele capítulo. A prece dos religiosos estava focalizada na forma e na circunstância, enquanto a que o Mestre ensinou se destaca pelo conteúdo. A primeira palavra da oração invoca Deus como “Pai”. Está implícito o vínculo entre aquele que ora e o Senhor. Antes da oração, deve existir um relacionamento, um compromisso.

Ao dizer, “PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS…”, Jesus estabeleceu a direção da nossa oração: ao Pai celestial. Não devemos orar a nenhum outro deus, santo, guia, espírito ou ídolo. Ele não disse: “Vós orareis à minha mãe, que falará comigo e então eu levarei vossos pedidos a Deus”. Não! Ele deixou claro que temos acesso direto ao Pai por intermédio do caminho aberto pelo Filho. Se alguém deseja falar com um rei ou presidente, poderá encontrar tantos seguranças e assessores no caminho, que talvez nem consiga chegar perante a autoridade. Entretanto, um filho do rei entra na sala do trono, sem impedimento algum. Assim nós, filhos de Deus, podemos falar diretamente com Ele, sem intermediários. Quando dizemos “Pai nosso”, estamos certos de que seremos recebidos com amor em sua presença. “Pai nosso que estás nos céus…” – Embora saibamos que Deus está em todos os lugares, é importante sabermos que ele está acima de nós. A frase elimina os ídolos, porque deixa claro que Deus não está pregado na parede, nem no oratório, andor ou pedestal. Ele não é uma imagem, desenho ou escultura. A oração cita o céu e a terra (Mt 6.9,10), porque ela é um instrumento de comunicação entre ambas as dimensões. “Pai nosso…” – Esta é uma oração plural. Ela poderia ser assim: “Meu pai, venha a mim o teu Reino, dá-me o pão, perdoa as minhas dívidas” etc, mas não foi isso que Jesus ensinou. Ele não queria estimular uma religião individualista e egoísta. Jesus disse “vós orareis assim” e colocou os pronomes no plural porque queria que os discípulos orassem juntos, embora isso não elimine as orações particulares. Deus deseja que vivamos em comunhão, inclusive no culto que prestamos a Ele. A oração modelo traz em seu âmago a ideia de igreja e um conceito de comunhão vertical e horizontal, com Deus e com os irmãos.

“SANTIFICADO SEJA O TEU NOME”. Esta é uma frase de louvor com muita reverência. Em nossas orações, devemos também louvar ao Senhor e não simplesmente trazermos uma lista de pedidos.

“ VENHA A NÓS O TEU REINO, SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU”. O Reino de Deus era o assunto preferido de Jesus, e não foi diferente na oração modelo (Mt 6.10,13). Naquelas poucas frases, o Reino foi citado duas vezes. O cristão deve viver em função do Reino, e isto significa fazer a vontade de Deus. Nossas orações não podem ser humanistas, voltadas para o Reino do homem, colocando nossa própria vontade como prioridade. O elemento “reino” nos lembra que Deus, além de ser o “Pai nosso” é também o “nosso Rei”. A figura do pai nos lembra amor, carinho, proteção, acolhimento, provisão etc. A figura do rei nos lembra aquele que governa, que manda. Nossa concepção da divindade deve englobar ambos os aspectos, além de outros que compõem o caráter divino. Quando orarmos, devemos ter a vontade de Deus como foco. Quantas pessoas estão lutando com Deus em oração para que a vontade humana seja feita. Embora possamos expressar nossa vontade, pode chegar um momento em que vamos dizer esta frase de rendição: “Seja feita a tua vontade”. Foi assim que Jesus orou no Getsêmani. “Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Jesus veio conscientizar as pessoas sobre a realidade do céu, mas Ele não nos
ensinou a negligenciar as responsabilidades terrenas. Só não podemos permitir que estas nos afastem dos propósitos celestiais. Somos seres espirituais, mas temos um corpo físico que vive nesta terra. Portanto, o cristão não pode ser alienado em nome da espiritualidade.

“O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE”. A oração de Jesus tem ênfase no que é espiritual, mas essa frase refere-se ao alimento material. O pedido é caracterizado pela simplicidade. Talvez colocaríamos nesse ponto a lista completa do supermercado para o mês, mas Jesus mencionou apenas o pão para hoje. Não temos nessa oração nenhuma ansiedade pelo dia de amanhã. Ao dizer, “nos dá hoje”, ficou subentendido que, no dia seguinte, nova oração seria feita. Jesus ensinou um tipo de oração diária e não esporádica ou eventual.

“PERDOA AS NOSSAS DÍ VIDAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS OS NOSSOS DEVEDORES”. Jesus lembrou aqui o problema do pecado. A oração é pequena e toca apenas em questões essenciais. O pecado é uma delas. O pedido de perdão deve constar das nossas orações juntamente com o reconhecimento de nossas falhas. A frase retoma o tema da comunhão, lembrando que não podemos estar bem com Deus se negamos o perdão ao nosso semelhante.

“NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO, M AS LIVRA-NOS DO MAL”. Neste ponto, o inimigo é lembrado, embora não lhe tenha sido dada a honra de ter o nome citado. A nossa fraqueza também está implícita na frase. Estamos no meio de uma guerra espiritual contra o mal. Está clara a nossa dependência de Deus, mas não estamos dispensados da vigilância.

“PORQUE TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA PARA SEMPRE . AMÉM”. Aqui, o plural é deixado de lado. Não está escrito “Porque nosso é o reino, o poder e a glória”. Tudo isso pertence ao Senhor. O Cristianismo não deve ser colocado a serviço do reino humano, como se Deus fosse servo e nós fôssemos senhores. O poder pertence ao Senhor, ainda que possa estar em nossas mãos por alguns instantes. “Teu é o poder”. Se o poder pertence ao Senhor, não podemos pensar que somos donos do poder, seja natural ou espiritual. Precisamos estar sempre ligados em Deus, como um aparelho que depende de uma fonte de energia para funcionar. Não podemos exercer um ministério se não estivermos buscando sempre ao Senhor, pois dele vem o poder e a capacidade de que necessitamos. “Teu é o reino, o poder e a glória para sempre”. Não podemos usurpar a glória de Deus nem esperar que os homens nos glorifiquem. Se não formos reconhecidos pelo que fazemos no Reino de Deus, está ótimo, pois a glória pertence somente ao Senhor.
Nesse ponto da oração, Jesus nos ensina a humildade.


Pr. Anísio Renato de Andrade

Fonte: Lagoinha.com