Quando o homem pecou no
jardim do Éden, ele não estava sendo tentado a ser diretamente um ateu. Na
verdade, o diabo tentou o homem para que ele pensasse ser o próprio Deus.
Observe a tentação: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se
abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus” (Gn 3.5). Neste momento o homem
tenta se colocar no lugar de Deus e peca. Isso é o que chamamos de idolatria:
quando o homem atribui a si ou a qualquer coisa a posição que é de Deus.
A idolatria se apoia assim na base do orgulho
humano para se estabelecer. A partir do momento que o homem se vê como
superior, ele institui suas próprias regras e o que Deus diz fica em segundo
plano. De mãos dadas com o orgulho, a idolatria nos faz super valorizar aquilo
que acreditamos e não aquilo que a Bíblia diz.
Imagens de escultura, famosos, dinheiro,
posições, ego, pessoas ou trabalho são senhores que comandam mais a vida de um
idólatra do que o Senhor dos senhores. Quando Deus diz: “Não terás outros
deuses diante de mim” (Êx 20.3), Ele está dizendo que não dará a nada e ninguém
o papel de senhor da nossa vida. Na verdade, a ideia de Deus está associada a
identidade de Senhor, ou seja, aquele que manda. Por isso, a desobediência é
uma mensagem clara que estamos fazendo de nós mesmos ou de outro ser, o próprio
deus.
O idólatra então acaba fazendo sua condição se
estabelecer a partir da sua desobediência aquilo que Deus diz. Se o orgulho
fundamenta a idolatria, a humilde estabelece a adoração ao Senhor. É na
humildade que nos esvaziamos para dizer: o que acho e penso não tem nenhuma
sabedoria se eu não souber o que Deus pensa. É na humildade que saímos da
anarquia, da idolatria e voltamos não a seguir o que achamos ter valor, mas o
que Deus diz que tem valor. Nessa postura respeitaremos os homens, mas jamais
iremos deixar que a opinião humana governe a nossa existência. Se o orgulho
estabeleceu idólatras, que a humildade destrone os falsos deuses e estabeleça
Jesus como único Senhor.
::Drummon Lacerda
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